24 de Fevereiro, 2023
Luiz Gustavo Pacete
O ecossistema de influência no Brasil segue em evolução. Na última década, viveu diversas fases, desde a profissionalização básica, passando pela estruturação até a expansão dos criadores de conteúdo como marcas.
Nesse período, novas plataformas surgiram, outras cresceram e assumiram a liderança em ritmo de crescimento e valor de mercado, como é o caso do TikTok. Neste contexto, o termo Creator Economy ganhou cada vez mais visibilidade.
Apesar da profissionalização, ainda existem vários desafios que vão das dinâmicas de contratação e cocriação à voz ativa dos criadores e maior diversidade nas perspectivas e repertórios dos influenciadores.
A pedido da Forbes Brasil, a MField estimou a média de valores pagos a influenciadores brasileiros. O levantamento foi feito baseado em faixa de seguidores.
A empresa alerta, no entanto, que a métrica de seguidores por si é insuficiente para determinar o valor ou alcance de um influenciador, por mais que seja importante para o mercado.
Em uma faixa de até 10 mil seguidores no Instagram, o preço pago por ação pode chegar a R$ 7.248,00. Vale lembrar que os valores consideram uma ação: post + stories ou a estratégia definida, não é uma faixa apenas por post.
De 10 mil a 100 mil seguidores esse valor pode se aproximar de R$ 14.538. Já de 100 mil seguidores a 1 milhão ela pode ser de até R$ 24 mil por ação. Até 5 milhões, o valor por ação pode chegar a R$ 78 mil.
E a faixa acima de 10 milhões de seguidores ultrapassa R$ 182 mil. Considerando todas as faixas, o valor médio pago por ação atualmente a influenciadores brasileiros chega a R$ 34 mil.
Victor Godoy, sócio e diretor artístico da MField, explica que, por muito tempo, a percepção da profissão se resumiu a desenvolvimento de posts publicitários e produção de conteúdo, mas ela vai muito além desses dois elementos.
Muito além das ações, existem diversas formas de remuneração de criadores de conteúdo conforme apontam os levantamentos realizados pelo YouPix, um dos maiores hubs de inteligência e fomento ao mercado de influência no Brasil.
No YouTube, por exemplo, existe a possibilidade de remuneração por audiência, lives, YouTube Chat, YouTube Premium e YouTube Shopping. No Instagram, ferramentas que possibilitam ganhos como selos de transmissão, lojas com produtos, lives, além de outros formatos.
No ano passado, o YouPix, em parceria com a 99Jobs, divulgou a pesquisa Influence Skills, que também mapeou a remuneração dos profissionais que compõem toda a cadeia.
O levantamento mostra que os profissionais que atuam no backstage do ecossistema de influência entre analistas, criativos, community manager, relações públicas, dentre outras funções, ganham, em média, de R$ 3,5 mil a mais de R$ 40 mil dependendo do cargo, da empresa e do segmento.
Raphael Pinho, CEO da Spark, reforça que, em uma perspectiva de longo prazo, “tudo aponta para um amadurecimento cada vez maior do marketing de influência e, por consequência, que ele tenha cada vez mais relevância dentro da estratégia de marcas.
Home da FORBES
Acoes-Investimentos-768x512