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As duras consequências da Guerra no Oriente Médio

Poliana Santos

09 de outubro de 2024

A troca de ataques entre o Hamas, grupo terrorista que controla o governo de Gaza, e Israel desencadeou um conflito que elevou a tensão no Oriente Médio, uma região crítica para o mercado global de petróleo.

Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou uma ofensiva surpresa invadindo território israelense, mais de 42 mil mortes foram registradas, além de 100 mil pessoas feridas.

O conflito escalou rapidamente, com a intervenção de outros grupos e países da região, como o Líbano, aumentando os riscos geopolíticos. Esses eventos impactaram diretamente o mercado de petróleo.

O barril de Brent subiu mais de 5% ontem, data que marcou o primeiro ano do conflito, passando de US$ 80 e se aproximando do preço de um ano atrás, quando o barril encostou em US$ 88,15 justamente por conta do início das incursões israelenses em Gaza.

O receio é de que interrupções na oferta de petróleo, especialmente se as hostilidades afetarem países produtores como o Irã, que, sozinho, é responsável por cerca de 4 milhões de barris por dia, causem impactos severos.

Especialistas também avaliam que um aumento sustentado no preço do petróleo poderia levar a uma pressão inflacionária disseminada por todo o mundo, afetando custos de produção e transporte.

O petróleo é uma commodity estratégica, não apenas pelo transporte rodoviário, mas pela geração de energia.  Por isso, cotações elevadas vão encarecer a eletricidade e pressionar a inflação, pois o aumento de custos poderá ser repassado a quase todos os demais produtos da economia.