A rede tem, como muitos restaurantes em fase de recuperação, muitas vagas para preencher – 20 mil, para ser exato. Com isso em mente, a Chipotle se juntou a mais de 20 empresas, incluindo a Sweetgreen, a Boston Scientific, a Shopify e a NBA, para lançar o “TikTok Resume”, um programa piloto no qual os usuários podem pesquisar e se candidatar para empregos através de vídeos que mostrem suas qualificações. A iniciativa foi confirmada à Forbes e contará com mais de 200 vagas, que vão desde atendimento ao cliente até social media.
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Nos últimos tempos, o TikTok se tornou um fórum improvável para discussões sobre o trabalho. Se o LinkedIn é a fachada que você coloca para o seu chefe – polido, produtivo, implacavelmente positivo -, o TikTok é a catarse compartilhada apenas durante o happy hour. Quando a pandemia fechou os escritórios (e bares), os funcionários recorreram à plataforma para lamentar as intermináveis reuniões no Zoom, zombar dos clientes desagradáveis e reclamar do esgotamento.
Esse tipo de franqueza significa que os empregadores podem obter mais informações sobre funcionários do que o esperado, algo que não chega a preocupar Tressie. “Ter uma visão de quem as pessoas realmente são é exatamente o que queremos”, diz ela.
Além disso, o TikTok não é o primeiro a tentar agitar o processo de contratação com currículos em vídeo. O LinkedIn anunciou em março o lançamento de um recurso chamado “Cover Story”, que permite que os usuários façam uploads de vídeos curtos em seus perfis. Mesmo assim, as empresas que procuram jovens têm maior probabilidade de encontrá-los na outra rede. Uma pesquisa do Pew Research Center revelou que menos de um terço dos entrevistados com idades entre 18 e 29 anos usaram o LinkedIn. Por outro lado, quase metade usou o TikTok.
“Vimos muitos influenciadores no TikTok falando sobre conselhos de carreira e as diferentes ferramentas que eles estavam usando no momento. Para ser honesto, eu realmente não achava que era assim que as pessoas usam o TikTok. Achei que eram só vídeos de dança”, diz Zoë Colivas, chefe de pesquisa e comunidade de usuários da Contra. “E quando vimos isso, pensamos: se os influenciadores falam sobre isso, por que não podemos abordar o tema como uma empresa?”
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Foi quando Zoë começou a postar vídeos mostrando oportunidades de trabalho exclusivas para funcionários autônomos e remotos – tomando cuidado para não conectar a Contra e sua própria plataforma. Um vídeo de 40 segundos destacando um trabalho de especialista em suporte ao cliente na Tesla gerou quase um milhão de visualizações. Outro vídeo, promovendo um emprego remoto em um site de letras de músicas, ganhou 1,1 milhão de visualizações.
“A geração Z não quer estar em um monte de outras plataformas. Eles não querem estar em um LinkedIn obsoleto, onde precisam se conectar com as pessoas e contatá-las por meio de uma mensagem fria”, diz Zoë. “Eles querem ir para o TikTok, onde já se sentem confortáveis, onde tudo é rápido e fácil, e encontrar empregos dessa forma. Portanto, é interessante ver como, do ponto de vista da empresa, temos sido capazes de usar isso a nosso favor”, finaliza.
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