A arrecadação do governo federal teve alta real de 7,31% em novembro sobre igual mês do ano passado, a R$ 140,101 bilhões, ajudada pelo recolhimento de tributos que haviam sido diferidos, divulgou a Receita Federal hoje (21).
O dado foi o quarto positivo consecutivo, mas veio abaixo da cifra de R$ 150,068 bilhões esperada pela mediana do mercado, conforme boletim Prisma, produzido pelo Ministério da Economia.
Apesar disso, a Secretaria de Política Econômica disse, em nota, que “o que se verifica objetivamente é que a arrecadação reflete outros indicadores que apontam para uma recuperação do nível de atividade econômica”.
De um lado, as compensações tributárias em novembro quase dobraram sobre um ano antes, a R$ 18,631 bilhões. Em vários meses deste ano as empresas lançaram mão de compensações tributárias para preservarem seu fluxo de caixa antevendo as dificuldades à frente por conta da pandemia de Covid-19.
Também houve no período um impacto negativo de R$ 2,35 bilhões pela renúncia do IOF crédito, medida tomada no âmbito do enfrentamento ao surto de coronavírus.
Mas a arrecadação com diferimentos de tributos foi de R$ 14,770 bilhões em novembro –fenômeno que não ocorreu no mesmo mês de 2019.
Também houve ajuda adicional da arrecadação considerada atípica pela Receita com Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido, no valor de R$ 1,2 bilhão.
Juntos, estes dois fatores mais do que compensaram aqueles que puxaram a arrecadação para baixo, levando ao resultado no azul de novembro –o segundo crescimento mais alto do ano, atrás apenas da expansão de 9,56% verificada em outubro.
De janeiro a novembro, entretanto, a arrecadação segue em território negativo, com queda real de 7,95%, a R$ 1,320 trilhão. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias