Catharina Tamborindeguy Johannpeter e Gabriella Paschoal, da Pinga: “Nosso propósito é explorar a diversidade criativa do Brasil”

17 de setembro de 2021
Divulgação

Empresárias e curadoras, Catharina Tamborindeguy Johannpeter e Gabriella Paschoal reúnem na Pinga uma seleção personalíssima do trabalho de jovens estilistas e marcas consagradas

Amigas desde sempre, a carioca Catharina Tamborindeguy (Catha) Johannpeter e a paulistana Gabriella (Gabi) Paschoal são as sócias proprietárias da Pinga, espaço multimarca de moda no Jardins, em São Paulo. “Somos amigas irmãs e sócias. Uma verdadeira sisterhood”, brinca Catharina.

Empresárias e curadoras, elas reúnem na Pinga uma seleção personalíssima do trabalho de jovens estilistas, marcas consagradas e clássicos favoritos de todxs. Pelas araras e vitrines, roupas, lingerie, acessórios, sapatos, bijoux – estão introduzindo uma linha casa – de nomes como Isabela Capeto, Glorinha Paranaguá, Rose Benedetti, Struktura, Madnomad – da qual também são sócias -, Helo Rocha, Gansho, Pirei no Chapéu, mais um diverso e sedutor etc.

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Aberta no final de 2017 – “em novembro, no aniversário da Catha”, informa Gabriella – a Pinga caiu no gosto do público em busca do novo, do despretensioso e da qualidade. E mostrou musculatura capaz de enfrentar o abalo econômico durante a pandemia: “Desde outubro do ano passado temos registrado um crescimento. Em julho crescemos 52% em comparação ao mesmo período em 2019, que foi um ano bom”, diz Catharina. Enquanto Gabriella chama atenção para a operação de e-commerce (pingastore.com.br / @pingastoregoficial) iniciada há dois meses: “Estamos aperfeiçoando a estrutura para atender ainda melhor em 2022”, avisa.

Aliás, segundo a dupla, existem alguns projetos de collab em andamento para serem lançados até o fim do ano, além dos roadshows, quando a seleção da loja “pinga” em outras cidades. “E também pingam novas marcas”, acrescenta Catharina.

Gabriella é formada em Ciências Sociais, enveredou pelo jornalismo de moda e finalmente mergulhou com tudo nos negócios do setor. Já Catharina tem formação em Relações Internacionais e durante um tempo teve um site de moda, em sociedade com uma amiga. “Trabalhei com meu pai, na área da construção civil, até descobrir que não tinha nada a ver com aquilo. Aí, me encontrei na Pinga”, revela.

Despachadas, bem-humoradas e super falantes, Catha e Gabi conversaram com a coluna no meio de uma tarde atarefada – Gabi estava em São Paulo e Gabi, na Colômbia. Um papo reto e descontraído, bem no clima de quem curte, consome e compartilha a moda da Pinga.

A bendita

Gabriella Paschoal: A Pinga começou de maneira super orgânica. Não tínhamos a pretensão de abrir nenhum negócio, mas decidimos aproveitar uma oportunidade. Fizemos pequenos eventos reunindo marcas de amigos e conhecidos. Eram cerca de 20 ou 25… A ideia era levantar algum dinheiro para viajarmos no final do ano. E foi um sucesso. Alguns meses depois, apareceu a chance de alugar um imóvel nos Jardins e decidimos ir em frente. A ideia do nome também surgiu por acaso, porque a gente queria uma palavra bem brasileira, bem-humorada e descontraída.

Comunidade do estilo

GP: Muitas das marcas que começaram conosco ainda fazem parte da nossa seleção. Aliás, boa parte do sucesso da Pinga é a relação próxima que temos com nossos parceiros e colaboradores.

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GP: Decidimos abrir a loja em São Paulo não somente porque moramos na cidade, mas porque vale mais a pena estar aqui do que em qualquer outro lugar.

CTJ: A Gabi cuida do planejamento e do marketing e eu, do estoque. Mas a curadoria é feita em conjunto. Nosso critério para a curadoria são produtos que sejam autorais e únicos. E a gente tem que gostar. Precisam tocar nosso coração. Acredito que a Pinga deu certo porque colocamos na loja aquilo que a gente gosta e nossos amigos vão gostar. Sabemos que sempre tem alguém por perto que vai precisar desse ou daquele produto.

Razão social

GP: Noventa das nossas marcas são brasileiras, mas também trabalhamos com algumas latino americanas. Acontece que ainda existem muitas marcas pelo Brasil que precisam ser descobertas e trabalhadas. Basicamente nosso trabalho é colocar essas novas marcas à frente, inclusive a loja é procurada por isso. Gostamos de encontrar gente criativa e que está começando. Nosso prazer é ver esses nomes brasileiros rolando.

GB: Prezamos pelo trabalho e pela diversidade. Nosso propósito é justamente explorar a diversidade criativa da qual o Brasil é feito.

CTJ: Boa parte das nossas marcas são genderless. Afinal, queremos vender roupas para todas as pessoas que querem usá-las. Como disse um estilista amigo: “Se a roupa coube, tá valendo”.

Com Mario Mendes

Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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