Indústria e consumidores impulsionam recuperação da China no início de 2021

15 de março de 2021
REUTERS/DavidGray

A produção industrial subiu 35,1% nos dois primeiros meses deste ano na comparação anual, ante 7,3% em dezembro

A atividade dos setores industrial e de varejo da China saltou nos dois primeiros meses do ano, e superou as expectativas de acordo com números divulgados hoje (15) pela Agência Nacional de Estatísticas, conforme a economia consolida sua recuperação da paralisia provocada pelo coronavírus em 2020.

A produção industrial subiu 35,1% nos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, contra alta de 7,3% vista em dezembro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 30,0% na mediana das projeções.

LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações

As vendas no varejo subiram 33,8%, também acima da expectativa de aumento de 32% e marcaram um salto significativo ante o crescimento de 4,6% em dezembro e contração de 20,5% em janeiro e fevereiro de 2020. Apesar de terem sido influenciados pela base baixa da forte queda do ano passado, analistas dizem que, ainda assim, esses dados mostram que a forte recuperação da China permanece intacta.

“Temos um cenário positivo para as exportações e investimentos na indústria este ano”, disse Louis Kuijs, chefe para economia da Ásia na Oxford Economics. “E esperamos que o consumo das famílias se torne importante motor do crescimento a partir do segundo trimestre, conforme a confiança melhora e o pedido do governo de reduzir as viagens seja moderado.”

A capacidade da China de conter a pandemia do coronavírus antes de outras grandes economias permitiu a recuperação mais rápida do país. Em 2020, o país foi a única grande economia a informar crescimento anual, com expansão de 2,3%. A recuperação se deveu a um robusto comércio, demanda reprimida e estímulos do governo.

A atividade econômica da China é normalmente distorcida nos dois primeiros meses do ano por causa do feriado do Ano Novo Lunar, que dura uma semana e ocorreu em fevereiro em 2021. (com Reuters)

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.