A exclusão da Tesla do índice marca o crescente debate sobre as métricas usadas para se julgar observância de questões ambientais, sociais e de governança, reunidas sob a sigla ESG.
Outros motivos para a retirada da Tesla do índice incluem a falta de publicação pela montadora de detalhes ligados à sua estratégia de baixo carbono ou códigos de conduta de negócios, disse Margaret Dorn, diretora dos índices ESG da S&P Dow Jones para América do Norte.
“Você não pode simplesmente pegar um comunicado sobre a missão de uma empresa como valor de face. Você tem que olhar suas práticas em todas estas dimensões importantes”, disse ela.
A Tesla não se manifestou sobre o assunto. Mas após o anúncio, Musk publicou no Twitter que a “(petrolífera) Exxon está colocada entre as 10 melhores do mundo em ESG pela S&P 500, enquanto a Tesla não faz parte da lista! ESG é uma fraude. Tem sido usado como arma por falsos guerreiros da justiça social.”
Questionado sobre a crítica de Musk, um representante da fornecedora do índice disse que “a lista não é um ranking das melhores companhias no quesito ESG”.
Investidores que se dizem preocupados sobre questões como diversidade e mudanças climáticas têm colocado bilhões em fundos que afirmam usar critérios ESG para escolher seus ativos.
Mas há um debate sobre o quão efetivos estes fundos são na promoção de mudanças ou se eles podem incentivar de maneira relevante empresas sobre questões que deveriam ser tratadas por políticas governamentais.
A retirada da Tesla está entre uma série de mudanças promovidas no S&P 500 ESG desde 22 de abril. Entre as adições estão o Twitter.