Impulsinado por avanço da Petrobras, Ibovespa crava quinta alta seguida

8 de agosto de 2022

O Ibovespa registrou mais um dia de valorização. Com avanço de 1,81%, aos 108.402 pontos, o principal índice da Bolsa brasileira descolou de Wall Street, registrando a sua quinta alta consecutiva.

O pregão de hoje (8) foi beneficiado pela alta de mais de 4% da Petrobras (PETR3 +5,16%; PETR4 +4,64%), que acompanhou a recuperação do preço do petróleo. O WTI fechou em alta de 1,97%, a US$ 90,76, e o Brent subiu 1,81%, a US$ 96,65.

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No cenário doméstico, a expectativa de deflação no Brasil segue animando os mercados. Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, explica que o possível fim do ciclo de alta de juros por parte do Copom segue fazendo preço na Bolsa, assim como o pagamento dos dividendos da Petrobras, que também contribui para a alta das ações nos últimos pregões.

As ações de companhias aéreas e do setor de saúde também performaram bem na sessão de hoje, garantindo as melhores valorizações do dia. Rede D’or (RDOR3), SulAmérica (SULL11), Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) tiveram altas de 6,61%, 6,47%, 6,41% e 6,12%.

“As empresas aéreas sobem em função de o mercado local estar novamente aquecido, com a expansão de mais de 50 voos diários da Gol saindo da Bahia, aumento da oferta de voos da Azul em 33,1% em julho, além da chegada da Viva Air, empresa aérea colombiana focada em aviação low cost, o que mostra aumento da demanda”, complementa Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

Do lado oposto figuraram os papéis de JBS (JBSS3), Locaweb (LWSA3), MRV (MRVE3), Eneva (ENEV3) e Marfrig (MRFG3), com quedas de 3,64%, 2,35%, 1,93%, 1,73%, 1,57%, respectivamete.

Agora, a expectativa do mercado deve focar nos indicadores importantes que serão divulgados essa semana: IPCA e a inflação nos EUA. “Isso trará mais pistas sobre o andamento das políticas monetárias tanto do Brasil quanto do mercado externo”, analisa Rafael Marques, especialista em finanças e CEO da Philos Invest.

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam com pouca alteração, após o Payroll reforçar as expectativas de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, pode agir de forma mais agressiva na próxima reunião.

Refletindo o menor impulso da divisa no exterior e os impactos da possibilidade do BC encerrar o ciclo de altas de juros, a moeda norte-americana teve seu terceiro pregão de queda superior a 1% – o menor patamar em mais de sete semanas. O dólar comercial caiu -1,06% frente ao real, a R$ 5,1123.

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