Questionado várias vezes ao longo da conferência sobre quando a holding poderá elevar os pagamentos aos acionistas, Setubal afirmou que a companhia atravessa neste momento um “vale” em que está aguardando a execução dos planos de crescimento das empresas investidas antes de poder elevar os retornos.
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Segundo ele, o nível histórico de pagamento de dividendos da Itaúsa é da ordem de 40% a 50% do resultado. Atualmente a empresa tem pago o mínimo do estatuto, 25%.
Ele explicou que, “infelizmente”, a Itaúsa perdeu oportunidade de executar integralmente o programa de recompra em momento em que o preço da ação estava mais baixo e agora, por uma questão de restrição de fluxo de caixa futuro diante de despesas financeiras por causa da alta de juros, a companhia “não tem condição de recomprar ações”.
“À medida que a taxa de juros caia e que possamos ter um fluxo de caixa mais folgado, vamos abrir, sem dúvida, um novo programa (de recompra) no médio prazo”, disse Setubal.
Questionado se a Itaúsa tem planos para novas aquisições após a entrada no capital da CCR, Setubal afirmou que Itaúsa não tem “neste momento” nenhum plano nesta frente, preferindo consolidar os investimentos realizados e desalavancar a holding.
Apesar de considerar o nível de endividamento da Itaúsa como “bastante adequado”, podendo “até ser um pouco” maior, Setubal disse que isso não é uma política de curto prazo da empresa, que prefere se manter conservadora na alavancagem.
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