De olho no Copom, Dólar Chega Ao Maior Valor da História a R$ 6,08

09/12/2024

O dia no mercado financeiro foi marcado por duas histórias distintas. De um lado, o dólar à vista teve mais um dia de cautela — pressionado pela tramitação do pacote fiscal no Congresso e a proximidade da reunião de política monetária que definirá o futuro da taxa Selic. Do outro, notícias vindas da China empolgaram o Ibovespa. 

A pressão no câmbio levou o dólar à vista a renovar mais uma vez o seu recorde de fechamento. A alta foi leve, de alta de 0,09%, mas o suficiente para levar a moeda americana a encerrar a segunda-feira em R$ 6,0822. 

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Na bolsa, o Ibovespa repercutiu positivamente os novos estímulos anunciados na China. Com as commodities em alta, o principal índice da bolsa brasileira avançou 1%, aos 127.210 pontos, mesmo com Wall Street no vermelho. 

China em primeiro plano

Enquanto o câmbio amargou, o Ibovespa surfou o otimismo do mercado com a economia chinesa. 

O governo anunciou que, a partir do próximo ano, a política monetária do país entrará em nível “adequadamente frouxo”. O objetivo é estimular o consumo e sustentar a economia, que tem mostrado sinais vacilantes nos últimos meses. 

No passado recente, o governo já havia anunciado uma série de medidas de estímulos econômicos, mas a confiança do mercado acabou se esvaindo e muitos passaram a ver as iniciativas chinesas como insuficientes para aquecer a economia. 

Nesse período, as commodities sofreram — e, por tabela, o Ibovespa também, já que existe uma grande correlação entre o principal índice da bolsa brasileira e ativos como petróleo e minério de ferro. 

Hoje, as mineradoras e siderúrgicas da bolsa ditaram o ritmo dos negócios. Empresas como Vale, CSN, Bradespar e CSN Mineração apresentaram altas expressivas entre 5% e 6%. 

Mudanças no Focus

De olho na reunião de política monetária da próxima quarta-feira (11), os economistas e analistas do mercado financeiro elevaram as suas projeções para a Selic, dólar e câmbio. 

Para a última reunião de 2024, a aposta é em uma elevação de 0,75 ponto percentual, enquanto a Selic para 2025 passou de 12,63% para 13,50%. Há 4 semanas, a projeção era de 11,50%. 

Com as preocupações com relação às contas públicas crescendo, os investidores passaram a ver o avanço do IPCA em 4,84% em 2024 e 4,59% em 2025 — bem acima do teto da meta de inflação. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. 

O câmbio também mostrou depreciação nas estimativas. Atualmente na faixa dos R$ 6, o mercado precifica a moeda americana em R$ 5,95 em 2024 e em R$ 5,77 em 2025. 

Resumo do dia

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