O resultado dessa construção rendeu à empreendedora o prêmio Bold Woman Award da Veuve Clicquot, que homenageia mulheres que estão expandindo seus negócios e transformando o mercado com coragem e ousadia. “É muito importante ter esse tipo de reconhecimento para mostrar para outras mulheres que é possível. Não é sobre competição, é sobre colaboração”, disse à Forbes durante a cerimônia na Pinacoteca de São Paulo, na noite de terça-feira (10).
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Mariana Torres, cofundadora da Diversa Jobs, uma plataforma de emprego voltada para diversidade e inclusão, também levou o maior prêmio em sua categoria, Bold Future Award, focado no início da jornada empreendedora. “Ser uma mulher empreendedora negra no Brasil não é fácil, mas com coragem e disciplina, em algum momento, o resultado chega.”
Diversidade e sustentabilidade nos negócios
Após receber o prêmio, Marcella Zambardino firmou uma nova missão: promover cada vez mais empreendedoras. “Quero fazer parte de um ambiente acolhedor para que mais mulheres possam prosperar.”
Movida pela sustentabilidade, a empreendedora defende o consumo como um ato político. “Grande parte dos problemas que estamos vendo no ar e nas enchentes é consequência do nosso consumo. Precisamos mudar isso com urgência.”
Em menos de três anos, conquistou grandes clientes, como Dasa, Sony Music e Falconi e foi pioneira em considerar 11 diferentes recortes da população. “Damos oportunidades para quem não tem e não se vê representado naqueles espaços.”
O prêmio
Criado em 1972, na França, o prêmio homenageia o legado da empresária Madame Clicquot. Viúva aos 27 anos, decidiu assumir a maison em 1805, em uma época em que as mulheres não podiam trabalhar, estudar ou votar, e expandiu os negócios trazendo inovações. “Em todo o mundo, o legado da Madame Clicquot continua a inspirar mulheres a desafiarem antigos padrões e a serem líderes corajosas e inovadoras”, diz Catherine Petit, diretora-geral da Moët Hennessy no Brasil.
O prêmio reconhece fundadoras de empresas com esse mesmo espírito empreendedor. “Ousadia e coragem são alavancas importantes quando se quer provocar mudanças, e têm sido essenciais para que as mulheres passem a ocupar cada vez mais lugares”, afirma Bruna Soares, head da marca Veuve Clicquot no Brasil.
Já para o Bold Future Award, as candidatas deveriam ser fundadoras ou cofundadoras de uma empresa com menos de três anos. Bárbara Brito, Karen Geppert e Thais Keiko Monteiro concorriam ao prêmio ao lado de Mariana Torres.
O júri que selecionou as finalistas e vencedoras foi formado Catherine Petit, Carole Bildé, Ana Fontes, Fabiana Corrêa, Fernanda Ribeiro, Lia Rizzo, Sandra Chayo e Viviane Duarte.
Em mais de cinco décadas, o programa já selecionou 450 mulheres em 27 países. No Brasil, essa é a terceira edição. A primeira aconteceu em 1992 e a segunda, em 2011. “Esperamos que as histórias das vencedoras e finalistas sejam inspiração para outras mulheres. Queremos inspirá-las a falar mais, empreender e ousar”, diz Catherine Petit.
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