Em Juiz de Fora, cidade da zona da mata mineira, um antigo moinho de farinha abandonado está tendo um destino bem mais nobre: revitalizada, a área de 33 mil m² pretende se tornar um dos maiores hubs de inovação em saúde, bem-estar e geração de renda da América Latina.
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“O encerramento da operação provocou uma perda de atividade econômica que impactou a cidade como um todo”, explica Ricardo Podval, eleito CEO da iniciativa graças ao seu trabalho à frente do Civi-co, hub de negócios de impacto social criado no início de 2018 no bairro de Pinheiros, na capital paulista. “Um terço da população mora nessa área, algo em torno de 200 mil pessoas de classe média-baixa, e todos aqueles que perderam seus empregos se viram obrigados a atravessar a cidade em busca de novas oportunidades. Além de promover a inovação, a ideia do empreendimento é gerar impacto socioeconômico, descentralizando a geração de empregos e o empreendedorismo”, conta.
Com investimento total previsto de R$ 100 milhões, o empreendimento está sendo estruturado em fases. A primeira, com foco na saúde preventiva, bem-estar, qualidade de vida e longevidade, já recebeu empresas do setor, como a Unimed, laboratórios, farmácias e clínicas de odontologia, instaladas em uma área de quase 2.500 m².
O próximo passo é colocar em pé o hub de inovação, para o qual foram destinados 2.000 m² entre espaços para a acomodação de cerca de 80 startups e de eventos. Em maio, será lançado o edital de convocação. “O objetivo é que essas empresas gerem soluções para o ecossistema local. O hub tecnológico vai funcionar como o cérebro do Moinho”, conta Podval, adiantando que um fundo entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões está sendo estruturado com a Bossa Nova para promover investimentos-anjo nas startups instaladas no local.
O executivo explica que outros 5.700 m² serão destinados a empreendimentos residenciais e hotelaria, 3.700 ao comércio interno e pouco mais de 7.000 à educação. “Estamos estruturando parcerias com universidades, cursos técnicos e de empreendedorismo para capacitação de mão de obra local”, conta.
Um exemplo são os 800 m² reservados à instalação de dark kitchens. “Alimentação é a segunda maior fonte de renda do país. Esses espaços servirão para habilitar as pessoas da região e promover geração de renda local”, diz Podval, que também está estabelecendo uma parceria com a prefeitura para restabelecer a vocação têxtil da cidade.
“Nosso objetivo é ser o ecossistema mais diverso e inclusivo do país”, diz o CEO do empreendimento que, para isso, vai contar com o apoio da Turma do Jiló, associação social sem fins lucrativos especializada em educação inclusiva.
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