Chuvas atrapalham a colheita de soja no Brasil, que alcançou até agora 1,7% da área

17 de janeiro de 2022
Adrian Mel/Getty Images

A expectativa é que as chuvas parem na semana que vem, o que acelerará a colheita da soja

A colheita de soja do Brasil em 2022 atingiu 1,7% da área estimada em meio a atrasos no centro e norte do país causados ​​por fortes chuvas, disse hoje (17) a consultoria Pátria Agronegócios.

Ainda assim, o ritmo está à frente do ano passado, quando a oleaginosa foi plantada mais tarde por falta de umidade do solo na janela ideal de semeadura. Em 2021, apenas 0,22% da área estimada de soja do Brasil havia sido colhida neste período. A média de cinco anos é de 1,49%, disse a Pátria Agronegócios.

VEJA TAMBÉM: Agroconsult corta projeção para safra de soja do Brasil a 134,2 milhões de toneladas em 2021/22

Uma queda esperada nos níveis de precipitação e a perspectiva de céu aberto ajudarão a colheita de soja no Brasil a evoluir mais rapidamente a partir da próxima semana, especialmente nos Estados do Centro-Oeste, acrescentou a consultoria.

O governo estima que o Brasil tenha semeado uma área de soja de 40,3 milhões de hectares (99,58 milhões de acres) nesta temporada.

Em outro comunicado, a consultoria AgRural estimou que 1,2% da área de soja já tenha sido colhida até agora, contra 0,4% em 2021.

“O trabalho está um pouco mais lento do que o inicialmente esperado devido às chuvas em partes do Mato Grosso”, disse a AgRural, referindo-se ao maior produtor de grãos do Brasil.

Houve relatos de grãos danificados por causa do excesso de umidade no meio-norte do Mato Grosso, mas o problema não é generalizado, disse a AgRural.

A produtividade está boa no Estado, com alguns agricultores coletando 72 sacas de 60 kg por hectare no oeste, de acordo com a AgRural.

VEJA TAMBÉM: Brasil exporta US$ 120,6 bi em produtos do agronegócio e bate mais um recorde para 2021

No Paraná, a colheita continua no oeste e sudeste, onde o impacto da seca prejudicou mais a safra, reduzindo a produtividade. Em algumas propriedades, os rendimentos diminuíram para apenas três sacas por hectare, disse a AgRural.

No Rio Grande do Sul, outro grande produtor, a colheita ainda não começou. Mas a onda de calor na região agravou a situação dos campos, e os produtores estão “aguardando com ansiedade a confirmação das chuvas”, disse a AgRural.