Pela tecnologia, é possível acompanhar a disseminação territorial das doenças sobre o Oeste baiano – região de destaque nacional na produção de algodão e soja. Dentro do Monitora Oeste, o usuário poderá fazer consultas a mapas diários das ocorrências e das condições climáticas favoráveis para que elas ocorram. As buscas podem ser filtradas por municípios, tipos de áreas de cultivo e núcleos fitossanitários.
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Para Julio Bogiani, pesquisador da Embrapa Territorial, de Campinas (SP), líder do desenvolvimento do produto, o Monitora Oeste permitirá aumentar a eficiência de controle das doenças, com a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental pelo menor número de aplicações de defensivos.
“Esse sistema aproveita a mídia mais utilizada pelo o produtor, o celular, para promover uma rede de colaboração para o monitoramento de duas doenças de grande repercussão para a cultura do algodão e a sojicultura. A mancha de ramulária e a ferrugem da soja são potencialmente devastadoras, quando fora de controle, e de rápida disseminação. Ter a informação precisa e atualizada permite traçar estratégias mais eficazes de controle, com sustentabilidade. O papel da Abapa passa pelo fomento de novos métodos e tecnologias para dar suporte aos seus associados”, afirma Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa.
O Oeste da Bahia é uma região que se destaca na produção nacional de algodão. Na safra 2021/2022, o estado deve consolidar, ao final da semeadura, em torno de 290 mil hectares de algodão, com produção estimada de 563 toneladas de pluma, e produtividade de 1.937 quilos de pluma por hectare. O Oeste do estado concentra a quase totalidade da produção, da qual cerca de 60% são exportados.