As novas estimativas, divulgada na quarta-feira (12), estão bem abaixo das 56 milhões de toneladas que a bolsa havia estimado para o milho e das 45 milhões de toneladas que havia previsto para a soja no mês passado.
A Argentina é o segundo maior exportador de milho do mundo e o principal fornecedor global de óleo e farelo de soja.
“Já se passaram quase 30 dias sem milímetros significativos (chuvas) para ajudar: o milho continua a sofrer com duas ondas de calor que se sucederam com apenas uma semana de alívio”, descreveu a BCR em seu relatório mensal de safra.
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De acordo com a entidade, o clima extremo colocou o milho semeado precocemente, que está em fase chave de desenvolvimento, “contra as cordas”, enquanto a atual campanha do cereal argentino dependerá do sucesso do grão tardio, que estará entrando em fase de desenvolvimento no final do verão austral.
Até a semana passada, os agricultores argentinos tinham plantado 77% da área prevista para o milho, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC).
Em relação à soja, a BCR também descreveu uma perspectiva sombria para a safra, que pode registrar queda na área planejada de implantação.
“O estresse hídrico de dezembro desacelerou o crescimento, produzindo aborto de flores, queima de folhas, morte de mudas nas áreas mais afetadas, e o abandono de praças (plantio) está começando. É grande a preocupação com o que pode acontecer nas próximas semanas”, disse.
Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, até a semana passada os produtores argentinos haviam plantado 87% da área prevista para a soja.