O Brasil anunciou em abril um plano para reduzir a dependência de importações de fertilizantes após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, que gerou incertezas globais sobre a disponibilidade do insumo.
Mas depois de comprar volumes recordes de fertilizantes nos primeiros sete meses do ano, a situação de alguns portos brasileiros foi quase uma revelação para o governo.
Ele disse que o problema é a falta de armazéns ao redor dos portos, que normalmente são propriedade do setor privado para armazenar e distribuir produtos.
Não pode haver um plano para aumentar o abastecimento interno sem melhorar esse tipo de infraestrutura, observou.
Rangel disse que a “diplomacia de fertilizantes” do Brasil, que envolveu negociações de alto nível com países como Rússia e Irã nos últimos meses, ajudou a garantir a importação de fertilizantes para as safras de verão do país, embora a preços mais altos.
A Anda, associação que representa os distribuidores locais de fertilizantes, estimou para este anoUS$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) em taxas de demurrage, uma cobrança aplicada a contêineres deixados no porto por mais tempo do que o esperado, segundo Rangel.
Essa conta teria que ser encarada por agricultores locais, disse ele.
A Anda não respondeu de imediato a um pedido de comentários.
“Então, agora a gente precisa ter armazém. Lá em 2050, quanto terminar o plano, ainda vou importar 50 milhões de toneladas de fertilizantes, mesmo que eu produza 50 milhões de toneladas.”