O desmatamento da Amazônia caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto na comparação com um ano antes, de acordo com dados preliminares do governo publicados hoje (10), e cifras anuais atualizadas para 2021 também mostram um ligeiro declínio.
No mês passado, a devastação totalizou 819 quilômetros quadrados, número 32% inferior ao do mesmo mês de 2020, mostraram dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Entre janeiro e agosto, o desmatamento recuou 1,2% e ficou em 6.026 quilômetros quadrados. Apesar da diminuição pequena, ele continua a ser quase o dobro do que foi entre janeiro e agosto de 2018, antes de o presidente Jair Bolsonaro tomar posse.
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A destruição disparou depois que Bolsonaro chegou ao poder e adotou de imediato ações para enfraquecer a fiscalização ambiental.
Mas nas últimas semanas alguns sinais indicaram que o governo federal ensaia alguns passos para combater a devastação.
O governo dobrou o orçamento para a fiscalização ambiental e planeja contratar cerca de 700 novos agentes de campo, disse o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, no mês passado.
Ambientalistas dizem que a destruição simplesmente estacionou, mas que não mostra sinais de voltar aos níveis pré-Bolsonaro.
O desmatamento alto persistente também alimenta incêndios florestais, já que as árvores derrubadas servem como pavio, de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Normalmente, os madeireiros extraem madeira valiosa e mais tarde se ateia fogo aos restos para liberar a terra para o eventual uso na agricultura.
Uma testemunha da Reuters que viajava pelo Estado do Amazonas durante a semana passada viu grandes incêndios lançando fumaça a quilômetros de altura e uma névoa que encobria a paisagem.
Muitos dos incêndios estavam próximos de rebanhos de gado. A maior parte da terra queimada provavelmente também será transformada em pasto, e a abertura de espaço para o gado é o principal catalisador do desmatamento, de acordo com o esboço de um estudo histórico compilado por 200 cientistas e publicado em julho.
Embora também tenham mostrado um ligeiro declínio em relação a um ano antes, em agosto os incêndios na Amazônia continuaram acima da média mensal histórica pelo terceiro ano consecutivo, segundo o Inpe. Antes de Bolsonaro, a última vez em que o Brasil teve tais níveis de incêndios na Amazônia foi em 2010. (com Reuters)
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