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Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou R$ 27,49 bilhões entre janeiro e março, alta de 7% ante o mesmo período de 2018 e queda de 6% em relação aos últimos três meses do ano passado. Desconsiderando-se efeitos dos itens especiais e de nova norma internacional contábil de arrendamentos mercantis (IFRS 16), adotada pelas empresas abertas a partir deste ano, o lucro líquido da companhia seria de R$ 5,1 bilhões e o Ebitda ajustado, de R$ 25,2 bilhões.
Mas, na comparação anual, a receita de vendas foi R$ 5,5 bilhões superior ao mesmo período de 2018, com maior comercialização no mercado interno, devido aos maiores volumes e preços médios de derivados. Adicionalmente, a valorização dos preços do gás natural e o preço de realização de energia elétrica contribuíram para o aumento de R$ 2,5 bilhões na receita do segmento de gás e energia.
A Petrobras ressaltou que os preços internacionais do petróleo ficaram 7% menores no primeiro trimestre versus o quarto trimestre de 2018 e tiveram queda de 5% na comparação anual, para US$ 63,20 por barril.
Já o volume total de vendas caiu 4% entre janeiro e março, ante os três últimos meses de 2018, para 3,06 milhões de barris por dia, caindo ainda 2% na comparação anual.
Impacto na dívida
O IFRS 16 também trouxe efeito importante para o endividamento da companhia. A dívida líquida da Petrobras somou R$ 372,2 bilhões ao fim do primeiro trimestre, alta de 38% ou R$ 103,4 bilhões em relação ao trimestre anterior. Desconsiderando os efeitos da norma, o endividamento líquido da petroleira seria de R$ 266,3 bilhões, ante R$ 268,8 bilhões no último trimestre de 2018.
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Mas a empresa destacou que “não adquiriu novas dívidas e não houve aquisição de novos ativos, sendo os impactos apenas normativos e sem efeitos no caixa e equivalentes de caixa”.
Produção em queda
A produção de petróleo e LGN da Petrobras no Brasil caiu 6% no primeiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, para 1,971 milhão de barris por dia, principalmente devido à venda de 25% da participação do campo de Roncador, na Bacia de Campos, maior concentração de manutenções em plataformas e declínio natural de produção em campos antigos.
Na comparação com o trimestre anterior houve uma queda de 4%, em função da maior concentração de manutenções em plataformas no período e do comissionamento dos novos sistemas do campos de Búzios.
Segundo a empresa, as paradas afetaram a produção de fevereiro, com reflexos adicionais na produção até a última semana de abril, a partir de quando a produção retornou ao patamar de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
A Petrobras destacou que as paradas foram parcialmente compensadas pelo início de operação de três novas plataformas em 2019 (P-67, na área norte de Lula, e P-76 e P-77, no campo de Búzios).
“A expectativa é de crescimento da produção no segundo trimestre, à medida que os novos sistemas avancem no processo de ramp-up”, apontou a Petrobras.