11 de novembro, 2022
Erich Mafra
Desde 2002, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) reconhece sistemas agrícolas de até 7.000 anos e grande importância histórica e econômica para um povo. Conheça os cinco mais inusitados deles.
Estabelecido na China durante a dinastia Han (entre 206 antes de Cristo e o ano 220), o sistema produtivo de arroz-peixe se baseia na teoria da simbiose entre os dois. As fezes do peixe ajudam a fertilizar o arroz e a gramínea oferece sombra e alimentação ao animal
Em Añana, região do país Basco, ao norte da Espanha, um modelo agrícola para a extração de sal começou a ser desenvolvido há cerca de 7.000 anos. Com a atividade da salina, o povo da região levanta dinheiro para produzir seu próprios alimentos em modelo agroflorestal.
Criado pela civilização asteca entre 1300 e 1520, o método se baseia na construção de canteiros flutuantes em lagos. Com cinco safras anuais, as estruturas de madeira trançada acumulam lama e continuam unidas graças ao plantio de uma espécie nativa de salgueiro do México.
Em meados do século 17, o povo Maasai se estabeleceu no Quênia, país africano marcado por sua aridez, e desenvolveu seu próprio sistema agropastoril. Os animais, como bovinos, búfalos e ovelhas são criados em conjunto com o cultivo de espécies endêmicas de milho e feijão.
O método Ramli, traduzido como “na areia”, foi criado na Tunísia em meados do século 17 por um grupo de imigrantes que saiu da região de Andaluzia, na Espanha, fugindo de conflitos étnicos e religiosos. Os produtores utilizam areia e lagoas para criar uma área agricultável.