Fabiana Corrêa
11 de setembro de 2023
Carlo Ancelotti, anunciado pela CBF como técnico da seleção brasileira a partir de 2024, é conhecido por alcançar em campo algo que muitas empresas esperam da liderança hoje: equipes engajadas.
Ele consegue entregar para os acionistas (dirigentes e patrocinadores) e clientes (torcedores e imprensa) um grupo de pessoas (atletas) altamente envolvidas com o trabalho e com a busca de resultados (vitórias e títulos).
Veja algumas das lições de gestão do técnico italiano e que podem ser usadas em qualquer carreira, a começar pela capacidade de adaptação.
É uma qualidade essencial em um mundo que está se transformando a todo momento. Ancelotti não tenta impor um estilo de jogo ao time, mas se adapta ao que o momento pede.
É uma das qualidades mais importantes na alta liderança. CEOs que compreendem a cultura da empresa e acrescentam valor a ela são alguns dos mais bem-sucedidos.
Saber ouvir é uma qualidade rara. Estão todos muito mais interessados em falar. Se Ancelotti fosse presidente de uma empresa, ele seria aquele que ouve as questões da equipe e se conecta com os funcionários.
Quando chegou ao Milan, Kaká já era campeão mundial pela seleção, mas tinha o português Rui Costa e o astro Rivaldo à sua frente. Ancelotti bancou a aposta e transformou Kaká num dos melhores jogadores do mundo.
Real Madrid, Milan, Bayern de Munique, Chelsea, PSG. Em todos esses clubes, Ancelotti lidou com os atletas mais famosos do mundo. Cristiano Ronaldo, Cafu e Ibrahimovic foram algumas das estrelas que o italiano soube liderar para conseguir bons resultados.
Durante o jogo, vemos Ancelotti mais tranquilo e não gritando muito no banco. Isso acontece porque ele alinha previamente a estratégia com a equipe, e assim pode manter a calma durante o jogo.
No Milan, em 2009, ele autorizou a venda de Kaká ao Real Madrid apesar dos apelos de torcedores, pois sabia que o brasileiro começava a apresentar problemas clínicos. A decisão foi certa: os quatro anos seguintes de Kaká foram marcados por lesões.
Se ganha ou perde, Ancelotti entende o que aconteceu em campo e chama a equipe para analisar. Mesmo na derrota do Milan na final da Liga dos Campeões de 2005, contra o Liverpool, ele manteve a calma. Dois anos depois, teve a chance de revanche. Desta vez, o título ficou com o Milan.