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Por que a Disney está investindo em live-action

06 de junho de 2023

Poliana Santos

O live-action de "A Pequena Sereia" arrecadou US$ 185,8 milhões (R$ 929,6 milhões) no mundo durante o fim de semana de estreia. A nova versão da história não é uma exceção para a Disney.

Desde 1994, com o remake de "Mogli", tem sido produzidos filmes com atores reais, os chamados “live-actions”, de alguns dos principais clássicos de Disney em desenho animado.

Desde então, clássicos como "101 dálmatas", "O Rei Leão", "Aladin", "Cinderela" e "Malévola" chegaram aos cinemas estrelados por atores de carne e osso.

Isso é resultado de falta de criatividade ou de crise econômica? Nenhum dos dois. Segundo Luiz Fernando da Silva Jr, professor de Cinema da ESPM, a estratégia é monetizar a nostalgia.

Esses filmes também perpetuam a empresa para novas gerações. “Quem era criança em 1989 e assistiu o desenho vai ao cinema com os filhos para ver a live-action”, diz.

Ariel, vivida pela atriz negra Halle Bailey, é mais forte e empoderada – além disso, a escolha busca aumentar a diversidade. “Essas mudanças promovem a inclusão e a identificação do público”.

O filme, marco na história da Disney, iniciou uma nova fase na empresa. Foi um momento de retorno do sucesso e da criatividade após um período de filmes que fizeram pouco sucesso.

O longa é apenas parte da recuperação financeira da empresa. Apesar de anunciar sete mil demissões e o fechamento de um hotel de luxo, as perspectivas da Disney seguem positivas

Em 2020, a empresa investiu no streaming e, em 2022, a Disney+ superou a Netflix em assinantes. Mesmo assim, ainda dá prejuízo, segundo Enzo Pacheco, da Empiricus Research.

Mesmo assim, as projeções são positivas. O mercado estima um lucro de quase US$ 7 bilhões para o ano fiscal de 2023 e de US$ 10 bilhões para o ano fiscal de 2024.