5 de abril de 2023
Kerry A. Dolan
Há um novo nome no topo da lista de bilionários da Forbes em 2023: o empresário dos artigos de luxo Bernard Arnault, da França.
Ele chegou ao auge após um ano marcante na LVMH, quando a receita, lucros e ações do conglomerado atingiram recordes. Os resultados ajudaram a adicionar US$ 53 bilhões (R$ 268 bilhões) à fortuna de Arnault nos últimos 12 meses, o maior ganho de qualquer bilionário neste ano.
O engenheiro de 74 anos entra na lista de 2023 com uma fortuna de US$ 211 bilhões (R$ 1,06 trilhão), superando o número um do ano passado Elon Musk (foto) – agora classificado em segundo lugar – em US$ 31 bilhões (R$ 157 bilhões), de acordo com os cálculos da Forbes.
O nome de Arnault não é tão conhecido do público quanto as grifes que a LVMH possui: Louis Vuitton, Christian Dior, Tiffany, Sephora, Givenchy, Marc Jacobs, entre muitas outras.
Nas quase três décadas desde que o francês assumiu o controle do grupo, ele o transformou na maior empresa de artigos de luxo do mundo, com mais de 70 marcas e milhões de clientes fiéis.
Amparadas por aquisições caras, as receitas cresceram de US$ 4 bilhões em 1989 para US$ 86 bilhões (R$ 435 bilhões) no ano passado. As ações da LVMH dispararam 35% no ano passado.
O francês apareceu pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes em 1997, quando seu patrimônio era de US$ 3,6 bilhões. Ele rapidamente subiu no ranking, se posicionando entre os 20 dos mais ricos em 2005 (no valor de US$ 17 bilhões).
Sua fortuna deu um salto gigantesco em 2018, subindo de US$ 41,5 bilhões do ano anterior para US$ 71 bilhões (embora ele ainda se mantivesse em quarto lugar). Nos últimos três anos, ele foi o terceiro mais rico da lista – no ano passado, atrás de Musk e de Jeff Bezos.
Suas estratégias para adicionar novos designers e marcas deram à LVMH uma vantagem. A linha de cosméticos Fenty Beauty, lançada em parceria com a estrela pop Rihanna em 2017, aumentou seu faturamento para US$ 550 milhões em 2019 e dobrou as receitas no ano passado.
Mais rico do que nunca, Arnault agora planeja a sucessão à frente do grupo LVMH. Há discussões para dar participações iguais a seus cinco filhos, mas, em janeiro, ele indicou sua filha Delphine, 47, para chefiar a Dior, a segunda maior marca da empresa.
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