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ESNOBADO, JAGUAR XJ220 FOI RUPTURA EM 1992

8 de julho, 2022

Rodrigo Mora

Em 1922, William Lyons e William Walmsley fundaram a Swallow Sidecar Company. Depois de ganharem fama pelo estilo e pela qualidade dos sidecars, em 1927 começaram a flertar com automóveis.

Os primeiros carros próprios chegam somente em 1931: SS1 e SS2, com motores e chassis fornecidos pela Standard, empresa vizinha em Coventry. Os dois modelos inspiram a primeira mudança de nome, de Swallow para SS Cars.

Entre meados dos anos 1980 até o fim dos anos 1990, o mundo testemunhou o nascimento de uma geração ímpar de supercarros. Com histórias, nacionalidades, especificações e propósitos diferentes.

No final de 1987, a Jaguar tinha acabado de vencer o World Sport-Prototype Championship com um XJR-8. Jim Randle pensou então que era o momento certo para a marca ter um carro de corrida homologado para as ruas.

O futuro modelo não tinha nome, apenas um código: XJ220, que se referia a uma produção inicialmente limitada a 220 unidades. O conceito foi adiante e a Jaguar decidiu exibi-lo durante o British International Motor Show de 1988.

Hoje o XJ220 é um clássico indiscutível, cobiçado e valorizado: em 2003, um exemplar 1993 foi leiloado pela RM Sotheby’s por US$ 157.500; doze anos depois, outro semelhante a este foi arrematado por US$ 462.000.

Há dois exemplares no Brasil, um prata e um azul, pertencentes a coleções privadas.

Um XJ220 pilotado por David Coulthard, David Brabham e John Nielsen venceu as 24 Horas de Le Mans de 1993 na categoria GT. Um mês depois, no entanto, o carro foi desclassificado por ter corrido sem catalisadores.

Foi então que a Tom Walkinshaw Racing, equipe de corrida desde o início envolvida com a construção do XJ220, pegou as especificações do carro de Le Mans e aplicou num modelo de rua, criando o XJ220 S, mais leve e com 700 cv.