01 de Março, 2023
Rodrigo Mora
Lançado em agosto de 2021, o Jeep Commander precisou de apenas cinco meses para assumir a liderança do segmento de SUVs de sete lugares, desbancando o Caoa Chery Tiggo 8 do posto.
Em janeiro do ano seguinte já estava na ponta e de lá não saiu mais: no primeiro ano completo de vendas, somou 22.355 emplacamentos, ante 10.439 do concorrente de ascendência chinesa produzido em Anápolis (GO).
O Commander pegou carona no melhor momento da empresa no mercado nacional – pelo sétimo ano consecutivo a Jeep foi a que mais vendeu SUVs, com 137.444 emplacamentos, ou 20% do segmento.
“Quando se é líder por um mês, se demonstra uma possível tendência. Quando conquista a liderança por um ano, se confirma uma preferência do consumidor”, justifica Everton Kurdejak, vice-presidente sênior das Operações Comerciais da Jeep para o Brasil.
A obsolescência de alguns velhos representantes da categoria 4x4, a aposentadoria de outros e as poucas opções em sua faixa de preço garantiram ao modelo uma escalada até o topo mais tranquila do que uma trilha de final de semana.
Espaçoso e bom de dirigir
De cara, o Commander mostra-se imponente e elegante. A solução estética na coluna C e as lanternas estreitas trouxeram sofisticação e leveza a um carro de 4,77 metros de comprimento e 1,70 m de altura.
Na cabine, impressiona o filete dourado que percorre a base do painel, este forrado em veludo. Porta-copos e porta-carteira/celular convenientes, além de comandos do ar-condicionado e do rádio.
Outros momentos de luxo são a peça que envolve a alavanca do câmbio em “black piano”, os bancos combinando couro e veludo e peças em aço escovado, como maçanetas e apliques no volante.
Outro relapso foi no descanso do pé esquerdo, muito recuado e bom para quem calça até 34; deveriam ser mais avançados e pé tamanho 46. Um mal da plataforma que também abriga Toro, Renegade e Compass.
Os 170 cv de potência e 38,7 kgfm de torque lidam bem com um carro de 1.908 kg. Há segurança nas ultrapassagens e acelerações decentes. Boa parte do bom trabalho é do câmbio automático de nove marchas.
O motor 1.3 (180 / 185 cv) não faz feio, mas consome mais do que se espera de um propulsor de baixa cilindrada: durante a avaliação de Forbes Motors, a melhor média exibida pelo computador de bordo foi de 7 km/l. Já o diesel chegou a marcar 14 km/l.
Na condição de carro de sete lugares, o Commander garante bom espaço tanto na segunda fileira (na qual os ocupantes ficam em posição ligeiramente mais alta) quanto na terceira (esta mais indicada a crianças).
De quebra, um porta-malas de 661 litros com a terceira fileira recolhida e 233 litros com esta levantada é uma boa qualidade; no Tiggo 8, são 889 e 193 litros, respectivamente.
Não é a primeira vez que um Commander é lançado no Brasil. Durante o Salão de São Paulo de 2006 a DaimlerChrysler apresentou um Jeep homônimo, então comercializado por R$ 237 mil.
Segunda geração
Quase 15 anos depois da tímida estreia, o Commander antigo é encontrado por valores que oscilam entre R$ 80 mil e R$ 120 mil, a depender do estado de conservação, da quilometragem e da blindagem, quase onipresente.
Home da FORBES
Acoes-Investimentos-768x512