A entrada do hotel também passou por reformas para a festa de 100 anos
“Diferente de qualquer outro aniversário, queremos que seja sublime, único e, acima de tudo, memorável. É um marco importante na história do La Mamounia, e pretendemos não poupar esforços para que seja um sucesso.” Palavras de Pierre Jochem, diretor-geral do célebre hotel de excelente localização em Marrakesh sobre a festa centenária, que teve uma grande noite no último sábado (7). “O La Mamounia celebra seu 100º aniversário com uma série de eventos especiais ao longo do ano e uma grande festa em de outubro. O objetivo é homenagear a rica herança do hotel, mostrar seu status de ícone e criar momentos memoráveis para hóspedes e visitantes.”
A construção do hotel começou nos anos 1920 graças a uma iniciativa da Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro, empresa estatal que é acionista majoritária do La Mamounia até hoje. Foi durante sua concepção que se iniciou a longa história, com arquitetos, artistas e designers franceses. “É preciso voltar no tempo para saber que La Mamounia, antes de ser um hotel, era um espaço de vastos jardins, ou o que aqui chamamos de ‘Arsat’, que foi presenteado pelo rei a seu filho, o príncipe Al Mamoun, como presente de casamento”, conta Pierre. “Hoje, temos nada menos que 70 jardineiros cuidando delicadamente desses jardins, que são o coração pulsante do hotel.”
A hospedagem, que foi inaugurada com 50 quartos e passou por várias renovações ao longo do século, hoje conta com 210 unidades, entre quartos, suítes, suítes de assinatura e riads. Entre as reformas mais recentes, destaque para a entrada principal, o lobby, o Majorelle Bar e o Le Salon d’Honneur.
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O reconhecimento internacional deu saltos importantes nas décadas de 1940 e 1950: primeiro, pela ampliação assinada pelo decorador Jacques Majorelle, depois ao atrair grandes estrelas do cinema, como Charlie Chaplin, Claude Lellouche e Alfred Hitchcock. “Sem esquecer figuras políticas famosas, como Franklin Roosevelt, Charles de Gaulle e, na época, nosso convidado regular, Sir Winston Churchill”, completa Pierre. “E não esqueçamos a grande renovação orquestrada por Jacques Garcia, durante a qual o hotel esteve fechado por três anos [de 2006 a 2009], nem da interferência da dupla Patrick Jouin e Sanjit Manku [em 2020], que trouxe um ar de modernidade e contemporaneidade ao La Mamounia.”
A parte gastronômica do hotel segue como um dos principais destaques da estadia. “Hoje, contamos com quatro restaurantes, cada um com uma especialidade diferente. Temos o L’Italien by Jean George, um conceito de trattoria de luxo com pratos típicos italianos; o L’Asiatique, uma viagem aos sabores do Extremo Oriente; o Le Pavillon de La Piscine, com uma grande variedade de delícias dos quatros cantos do mundo; já no Le Marocain, o chef é ninguém menos que Rachid Agouray, que revolucionou a cozinha marroquina.” Motivos não faltam para (re)visitar o aniversariante este ano.
(Reportagem publicada na edição 109 da Revista Forbes, acessível no aplicativo na App Store e na Play Store, no site da Forbes e na versão impressa)
