Tiago Alves, CEO da Regus & Spaces Brasil, conversa com Jussara Dutra, diretora de Pessoas e Organização da Sênior Sistemas, sobre gestão multigeracional, soluções que facilitam a conexão entre gerações.
A executiva traz insights valiosos sobre como lidar com cinco gerações distintas no ambiente corporativo e os desafios e oportunidades que emergem dessa diversidade.
“Há diferenças geracionais quanto ao trabalho presencial, à flexibilidade, à autonomia, ao feedback e à comunicação. Neste caso, as empresas que persistem em se comunicar por apenas um canal tendem a enfrentar maiores desafios”, disse Jussara.
Cinco gerações, muitas expectativas
O cenário corporativo atual nunca foi tão diverso em termos de gerações. Hoje, Baby Boomers, Geração X, Millennials, Geração Z e a emergente Geração Alfa compartilham o mesmo espaço de trabalho, cada uma com suas características e expectativas únicas. Para Jussara, compreender essas expectativas é fundamental para que as lideranças promovam um ambiente colaborativo e produtivo. “Cada geração tem inquietudes e necessidades diferentes. A Geração Z, por exemplo, deseja mais autonomia e um estilo de comunicação direto e digital, enquanto gerações anteriores valorizam o presencial e a formalidade”, destaca.
Desafios de liderança e comunicação
Um dos maiores desafios para as empresas é adaptar suas estratégias de comunicação e liderança para atender às diferentes gerações. Jussara enfatiza que uma abordagem padronizada não é suficiente para lidar com a complexidade atual e sugere o uso de canais multiplataforma para garantir que as mensagens cheguem de maneira eficaz a todos os colaboradores. “As empresas precisam explorar diferentes formas de comunicação e verificar se a mensagem está sendo compreendida por cada grupo”, afirma.
Alves também traz à pauta o fenômeno da “quiet quitting” (demissão silenciosa), em que colaboradores se desengajam e deixam a empresa sem ter uma nova oportunidade em vista. Para Jussara, é essencial que os líderes sejam capazes de identificar os sinais de insatisfação antes que o colaborador decida sair. “O líder precisa conhecer sua equipe e estar próximo, oferecendo feedback constante e criando um ambiente onde todos se sintam valorizados”, acrescenta.
A importância da empatia e da flexibilidade
A necessidade de empatia no ambiente de trabalho foi um dos pontos altos da live. Para Jussara, lidar com as diferenças entre gerações requer humildade por parte dos líderes, que precisam entender as novas perspectivas e encontrar formas de criar conexão. “Não podemos categorizar as pessoas de forma simplista. Cada colaborador possui sua própria realidade, e é fundamental perguntar e entender o motivo por trás de determinados comportamentos”, afirma.
Alves complementa com um exemplo pessoal e destaca como as expectativas entre gerações mudaram. Ele ressalta a necessidade de os líderes se adaptarem a novas demandas, que envolvem maior flexibilidade e personalização. “No passado, para uma geração subir, a outra precisava sair. Hoje, temos todas convivendo juntas, e isso representa uma grande oportunidade de crescimento coletivo”, diz Thiago.
Empresas de aprendizado contínuo
Jussara destaca a importância de transformar as empresas em espaços de aprendizado contínuo, onde os colaboradores possam crescer independentemente de sua geração. “As organizações que não estimularem o aprendizado constante e não criarem um ambiente que valorize a curiosidade e o engajamento correm o risco de perder talentos e ficar para trás”, alerta.
Assista à Forbes Link de Tiago Alves com Jussara Dutra:
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