Não é incomum encontrar funcionários que vivem uma rotina estressante e muito desgastante causada por supervisores que não sabem lidar com a autoridade que lhes é conferida. No entanto, se você tiver alguns pontos-chave em mente, pode ser mais simples lidar com essa situação.
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Uma leitora norte-americana de FORBES relata estar passando por algo semelhante e enviou o seguinte desabafo: “Eu voltei recentemente ao mercado de trabalho depois de uma pausa para cuidar dos meus filhos. Estou em meu emprego atual, de contadora, há quatro meses. Enquanto eu estava em treinamento, disseram-me duas vezes que eu seria demitida se eu não conseguisse diminuir o número de horas que meu antecessor levava para realizar o trabalho. No primeiro mês, eu levei 18 horas. O anúncio da vaga declarava que eu deveria manter minha carga de trabalho em 10 horas ou menos por semana. Depois da contratação, meu supervisor disse que eu devia mantê-la abaixo de 15 horas por mês”.
A leitora conta que a empresa que a contratou tem parceria com um banco e que, no ano passado, uma organização sem fins lucrativos para a qual ela trabalhou de maneira voluntária apresentou uma queixa contra trabalhadores dessa instituição financeira por falta de profissionalismo. “Eu era tesoureira na ONG, então o banco sabia quem eu era. Recentemente, alguém lá descobriu que fui contratada por um de seus clientes e ligou para o meu novo chefe, criando mentiras sobre minha postura. Desde então, ele está ameaçando me demitir de novo, dizendo que o banco não teria razão para mentir e que acredita no cliente do que em mim.” E continua: “Eu estou muito chateada com o que está acontecendo. Isso me incomoda a ponto de eu achar que vou cair no choro a qualquer momento. Eu não consigo dormir e tenho dificuldade de pensar em qualquer outra coisa. Eu realmente preciso da experiência que esse emprego oferece, mas me sinto mal com a ameaça constante de ser demitida pairando sobre a minha cabeça. Sem mencionar que meu caráter está sendo questionado – característica que eu valorizo mais do que qualquer outra”.
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A questão central deste caso é o fato de que, enquanto muitas administrações são capazes e admiráveis, o mundo também é cheio de chefes que abusam da autoridade. Parece que o líder da leitora, a julgar pela mudança na maneira como o emprego foi anunciado e pelas ameaças recorrentes de demissão, se encaixa na segunda categoria. Nenhum emprego vale a paz de espírito e saúde do profissional. Dizer “basta” para essa gestão destrutiva pode ser um movimento positivo e libertador.
Dizer “basta” e se posicionar. Obviamente, nem sempre é fácil deixar um bom salário. Mas um relacionamento entre funcionário e chefe é apenas isso – um relacionamento – e quando qualquer tipo de convívio se torna destrutivo, é uma boa ideia pensar seriamente em abandoná-lo.
Qualquer pessoa, principalmente quando não passa por um treinamento, pode se tornar um gestor sem nenhuma ideia de como lidar com a autoridade de forma inteligente. Não é por acaso que a taxa de engajamento de funcionários ou comprometimento com a empresa nos EUA está constantemente em torno de 30%, o que significa que cerca de 70% dos funcionários não vestem a camisa. Há muitas formas de detectar um funcionário não engajado, mas é seguro afirmar que, se um trabalho está causando múltiplos sintomas físicos (choro, falta de sono, enjoo) nas pessoas, então o problema é bem grande.
Às vezes, a melhor resposta para uma má gestão é simples: dizer “basta” e se posicionar.