A necessidade urgente de reduzir a dependência de carbono e novas maneiras de a indústria usar recursos naturais irão criar mais vencedores do que perdedores no mundo: 24 milhões de novos empregos sustentáveis compensarão uma perda estimada de 6 milhões de vagas.
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A Organização Internacional do Trabalho (OIT), que representa trabalhadores, governos e empregadores de 189 países-membros, produziu uma análise sobre a transição global para economias sustentáveis e de baixa emissão de carbono.
A agência analisou 163 setores econômicos e pesquisou vários Estados para obter dados precisos sobre como a sustentabilidade poderia impactar os trabalhadores. Foi constatado que a maioria das indústrias está preparada para se beneficiar e que apenas 14 delas perderiam mais de 10 mil empregos em todo o mundo
As economias altamente dependentes do petróleo e de outros combustíveis fósseis podem sofrer uma queda mais substancial de vagas, com perdas superiores a 1 milhão em todo o mundo. No entanto, o crescimento em energia renovável está mais do que pronto para entrar em cena, com uma estimativa de 2,5 milhões de novos empregos na indústria, principalmente, de energia solar, eólica e de biomassa.
Combinado com novos trabalhos de desenvolvimento em eficiência energética e veículos elétricos, será um total de 18 milhões de empregos. Além disso, a adoção de práticas que adotam um modelo econômico baseado em reutilização e reciclagem pode criar mais 6 milhões de posições.
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“As conclusões do nosso relatório ressaltam que os empregos dependem fortemente de um ambiente saudável e dos serviços que fornece. A economia sustentável pode permitir que milhões de pessoas superem a pobreza e proporcionem melhores condições de vida para esta e para as futuras gerações”, afirma a diretora-geral da OIT, Deborah Greenfield.
Uma das outras principais conclusões do relatório é a de que 23 países já conseguiram aumentar suas economias e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de carbono. Essa dissociação, tanto na produção quanto no consumo, foi predominante entre as maiores economias do mundo, como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Alemanha.