A disparidade salarial entre homens e mulheres tem sido um tema recorrente nos últimos anos, e não há como negar que ela exista – elas ganham, em média, US$ 0,8 de cada US$ 1 pago a eles. Uma pesquisa recente feita pela T. Rowe Price destaca o impacto que este cenário tem sobre as mulheres, assim como os desafios que surgem dele – além do fato de que elas vivem, geralmente, mais do que eles.
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Ou seja, as mulheres começam em desvantagem e ainda têm uma caminho mais longo pela frente. Por isso, é importante que o público feminino avalie constantemente sua situação financeira, afinal, pode ser que seja preciso economizar para conquistar uma melhor aposentadoria.
Veja, na galeria de fotos a seguir, 3 situações vividas pelas mulheres durante a carreira e como lidar com elas:
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Getty Images No início da carreira: um gap na renda significa um gap no plano de previdência
De acordo com uma pesquisa recente, a renda média das mulheres millennials é de US$ 56 mil por ano nos Estados Unidos – quase US$ 30 mil a menos do que os homens da mesma geração. O estudo também descobriu que elas estão contribuindo menos para a aposentadoria – 5%, em média, contra 8% dos homens.
Esses dois fatores vêm afetando seriamente os saldos de aposentadoria dos entrevistados, já que as mulheres millennials tinham quase 70% menos dinheiro do que os homens no 401 (k) – tipo de plano de previdência patrocinado pelos empregadores nos EUA -, com um saldo médio de US$ 12,3 mil em comparação aos US$ 42,3 mil do público masculino.
Lição: reconheça o seu valor e negocie o seu salário.
As mulheres valorizam a educação porque é uma maneira de conseguir empregos com salários mais altos. Elas também precisam valorizar a si mesmas, além de seu potencial de trabalho, conhecendo o seu valor e negociando salários competitivos, sem jamais se satisfazer com um subemprego.
É claro que, na prática, a teoria é outra. O primeiro salário de uma pessoa costuma ser a âncora na qual futuros aumentos, bônus e promoções serão baseados. Deixar de negociar pode resultar em uma perda de dinheiro significativa ao longo da carreira. Desenvolva um plano de poupança para a aposentadoria.
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Getty Images No meio da carreira: prepare-se para um patamar de ganhos estacionado
Nossa pesquisa descobriu que a diferença de renda é um pouco menor na geração X. A renda média anual dessas mulheres é de US$ 71 mil, enquanto os homens da mesma geração ganham, em média, US$ 83 mil. Essas mulheres também podem acumular mais dinheiro na aposentadoria do que as da geração Y (millennials), cerca de US$ 66 mil em comparação aos US$ 73 mil dos homens. As taxas de contribuição das mulheres nos planos de previdência foram de cerca de 6% de seus salários, enquanto a dos homens foi de 7%.
Normalmente, o meio da carreira é quando homens e mulheres entram em seus anos de pico de salário. É importante que as mulheres busquem oportunidades para avançar profissionalmente neste momento. Ao mesmo tempo, isso pode ocorrer quando a maioria dos casais decide começar uma família e algumas mulheres podem deixar o emprego para criar os filhos. Aquelas que permanecem no mercado de trabalho, muitas vezes anseiam por uma equilíbrio melhor entre emprego e vida pessoal. Soa sereno, não é? Quem dera!
Lição: pese as contrapartidas quando considerar mudanças de vida
Geralmente, o salário das mulheres estaciona no meio da carreira. Isso pode acontecer por vários motivos: escolha de um emprego com potenciais limitados de ganhos, um tempo longe do mercado para cuidar dos filhos ou uma mudança de planos para conseguir dar conta de tudo. É melhor refletir antes de qualquer coisa e ter discussões honestas com seu parceiro para estabelecer benefícios para ambas as partes, sem sacrifícios.
Tente conseguir um emprego em empresas que ofereçam benefícios para toda a família, e quem sabe, até mesmo mais flexibilidade. Se você está saindo do mercado de trabalho, continue trabalhando online e aprimore suas habilidades para que a transição seja mais tranquila quando decidir voltar. Além disso, mantenha-se em dia com informações sobre suas economias e aposentadoria.
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Getty Images No fim da carreira: as economias feitas durante a aposentadoria terão que durar décadas
A maior disparidade de gênero em salários e economias da pesquisa vem dos baby boomers que já trabalham. A renda média anual das mulheres dessa geração é de US$ 61 mil, enquanto os homens ganham US$ 103 mil. As entrevistadas da geração boomer mencionaram menos dinheiro no plano de previdência – um saldo médio de US$ 59 mil comparado aos US$ 138 mil dos homens. As mulheres boomers estavam contribuindo com menos de seus salários para a poupança, 7%, enquanto no caso dos homens a contribuição era de 10%.
Pode haver muitas razões para essa disparidade. Ela pode não ser tão ruim quanto parece se a mulher for parte de uma família O problema é que elas vivem mais e uma parte maior delas – em comparação aos homens – chega à aposentadoria separada. De acordo com a pesquisa, após mais ou menos 11 anos de aposentadoria, quase metade das mulheres (45%) já eram viúvas ou divorciadas, em comparação a apenas 18% dos homens.
Lição: coloque-se em primeiro lugar
As mulheres precisam ser egoístas ao planejar a aposentadoria. Em algum momento, independentemente de escolherem ou não, elas podem estar solteiras ou sozinhas. Se você colocou outras pessoas ou prioridades antes, está na hora de priorizar você mesma. Isso significa conversar com seu parceiro e com seu contador (se você tiver um).
A aposentadoria pode estar próxima, e é importante que você e seu parceiro comecem a pensar em seus fundos juntos, assim como no quadro financeiro da família. Leve em consideração todas as fontes de renda e aposentadoria, especialmente a previdência social. É importante coordenar quando começar a receber os benefícios para maximizar o valor do cônjuge sobrevivente.
As mulheres enfrentam desafios únicos à medida em que o tempo vai passando e a carreira crescendo. Ser mais prático sobre ganhos e economias pode ajudar a compor uma renda melhor na aposentadoria.
No início da carreira: um gap na renda significa um gap no plano de previdência
De acordo com uma pesquisa recente, a renda média das mulheres millennials é de US$ 56 mil por ano nos Estados Unidos – quase US$ 30 mil a menos do que os homens da mesma geração. O estudo também descobriu que elas estão contribuindo menos para a aposentadoria – 5%, em média, contra 8% dos homens.
Esses dois fatores vêm afetando seriamente os saldos de aposentadoria dos entrevistados, já que as mulheres millennials tinham quase 70% menos dinheiro do que os homens no 401 (k) – tipo de plano de previdência patrocinado pelos empregadores nos EUA -, com um saldo médio de US$ 12,3 mil em comparação aos US$ 42,3 mil do público masculino.
Lição: reconheça o seu valor e negocie o seu salário.
As mulheres valorizam a educação porque é uma maneira de conseguir empregos com salários mais altos. Elas também precisam valorizar a si mesmas, além de seu potencial de trabalho, conhecendo o seu valor e negociando salários competitivos, sem jamais se satisfazer com um subemprego.
É claro que, na prática, a teoria é outra. O primeiro salário de uma pessoa costuma ser a âncora na qual futuros aumentos, bônus e promoções serão baseados. Deixar de negociar pode resultar em uma perda de dinheiro significativa ao longo da carreira. Desenvolva um plano de poupança para a aposentadoria.
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