“O futuro já chegou, só não está uniformemente distribuído”. A famosa frase de William Gibson, um dos mais visionários escritores de ficção científica de nossos tempos, ganha contornos reais nas revoluções tecnológicas que criam e destroem mercados diariamente – muitas delas tão silenciosas que só percebemos seus impactos quando já estão completamente incorporadas em nossas rotinas de trabalho e hábitos de consumo.
Movimentos como inteligência artificial, blockchain, metaverso e interface cérebro-máquina já são realidade em diversos setores. O desafio para as lideranças é encontrar caminhos, metodologias e ferramentas para conectar o potencial das tecnologias exponenciais a modelos de negócio.
Impulsionadas pela conexão entre soluções inovadoras e acesso a capital para a democratização de acesso, tecnologias como a inteligência artificial já permeiam praticamente todas as áreas de nossa vida, do desenvolvimento de vacinas aos sistemas de recomendação de aplicativos de streaming. Mas as próximas ondas da IA, como a integração com a cognição humana e a neurociência, podem estar mais próximas do que imaginamos. As apostas de Elon Musk na Neuralink, startup de interfaces neurais, deixam claro o apetite de investidores, empreendedores e corporações pelo tema.
Em artigo recentemente publicado no “xTech Views”, relatório anual de tendências da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, expert em inteligência artificial, cita o exemplo da startup australiana Cortical Labs, criadora de um cérebro ciborgue (um chip híbrido que integra neurônios biológicos de mamíferos com um chip de silício) que aprendeu a jogar Pong, o clássico videogame dos anos 1980, em apenas cinco minutos (enquanto algoritmos levaram em torno de 90 minutos). “Um dos fatores importantes para a utilização da IA é a disponibilidade e qualidade dos dados. Com questões éticas e regulatórias cada vez mais em pauta e a necessidade de treinar modelos para cenários que ainda não foram vivenciados, o tema dados sintéticos deverá ganhar tração em 2022”, afirma Nascimento. “Outro sinal importante dessa tendência já pode ser observado com a Meta fazendo a aquisição da AI.Reverie, uma startup de dados sintéticos.”
A colonização do espaço é outro cenário que voltou a ganhar uma consistência cada vez mais palpável com as viagens tripuladas capitaneadas pelo trio de bilionários Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson. Tais iniciativas fortalecem a percepção do espaço como o mais rico “global commons” do patrimônio humano, como afirma Peter Cabral, expert em disrupção e mobilidade digital da SU Brazil, na última edição do “xTech Views”. Entre os marcos desse movimento, ele aponta o crescente número de emissários na estação espacial e os êxitos chineses de germinar sementes de algodão na Lua durante oito dias. “Em 2022 passaremos a ter mais astronautas de empresas privadas do que apoiados por governos. Esta será a tendência daqui em diante. Existe muita riqueza para ser explorada, e as regras devem ser definidas agora tanto para a monetização quanto para a divisão de responsabilidades e dividendos”, diz Cabral.
Entre o presente e o futuro, a Terra e o espaço, inteligência humana e artificial, estão as oportunidades para impactar organizações e a vida de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Você já sabe por onde começar? Descubra com a SingularityU Brazil.
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Foto: Divulgação -
Foto: Divulgação Eduardo Ibrahim é expert em Exonomics da SU Brazil
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Foto: Divulgação Leandro Mattos é expert em Neurociência da SU Brazil
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Foto: Divulgação Peter Cabral é expert em Mobilidade Digital da SU Brazil
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Foto: Divulgação Ricardo Cavallini é expert em Fabricação Digital da SU Brazil
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Foto: Divulgação Alexandre Nascimento é expert em Inteligência Artifical da SU Brazil
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