Para Debora Mattos, um bom líder é o que deixa as melhores ideias fluírem e não apenas as dele. De finanças a logística, ela passou por áreas que não eram necessariamente o que almejava no início da carreira, mas que lhe trouxeram o aprendizado necessário para chegar à posição atual. “A vulnerabilidade é a chave para aprender”, diz a gerente-geral da Coca-Cola Chile, Bolívia e Paraguai.
Na segunda live exclusiva para alunos do curso Leading the Future, a executiva revelou os pontos importantes de sua trajetória ao CEO e publisher da Forbes, Antonio Camarotti. O Leading the Future é um programa de liderança e empreendedorismo criado pela Forbes em conjunto com a SingularityU, em que serão abordados temas que vão do empreendedorismo à neurociência. As inscrições podem ser feitas aqui.
Mattos é formada em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e tem MBA pela COPPEAD/UFRJ (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro), além de mestrado pela Duke University, em economia.
Aqui, os destaques da conversa com a executiva.
De finanças ao customer marketing
“Fui de finanças à sustentabilidade. Eu queria ver o todo. Quando trabalhei na Ambev, eu tinha o sonho de ser a diretora regional fabril e o caminho era ser engenheiro ou vir de logística. Eu não era engenheira, então virei gerente de logística. Não foi tudo exatamente intencional, mas enriquecedor.”
Liderança multiplicadora
“O item mais importante para ser um líder multiplicador é fazer com que a genialidade dos outros apareça, manter a chama da curiosidade acesa. O líder é o que deixa as melhores ideias fluírem e não necessariamente as ideias dele.”
Inovação e tendências
“Nem a gente sabe sempre o que é tendência ou hype lá na Coca-Cola. O Clubhouse, por exemplo, todo mundo achou que fosse um sucesso e hoje ninguém usa. Grandes empresas têm que ter a humildade de assumir que nem sempre sabem do que pode ser tendência ou não. Existem apostas e você tem que arriscar.”
Diversidade
“A diversidade importa porque trazemos diversos pensamentos à mesa de decisão. Foi assim que criamos o Papai Noel negro da Coca-Cola que lancamos em 2021. Foi um sucesso porque alguém tinha um olhar diverso na mesa de reuniões.”
Propósito
“Tive uma conversa com talentos femininos e pensei sobre meu propósito. Ele consiste em impactar o mundo positivamente e acho que não existe melhor lugar para eu estar do que a Coca-cola. Estamos na casa de todo mundo e para mim a diversidade é: eu preciso abrir caminho e segurar a porta pesada para que mais pessoas como eu possam entrar e estar na mesa de decisão.”