Os sinais gráficos sobre os quais me debruçarei hoje dão sempre o que falar. Qual a diferença entre as aspas simples e as duplas? Quando as aspas vêm depois do ponto final e quando vêm antes? Posso usar os dois tipos de aspas na mesma frase? Se você não sabe essas respostas, leitor, é melhor ficar por aqui.
Caso haja um excerto entre aspas (uma citação, por exemplo) e dentro desse trecho ocorra a necessidade desse sinal em alguma palavra (tal qual um estrangeirismo), as aspas do excerto serão duplas, ao passo que as internas, do estrangeirismo, serão simples.
O diretor questionou: “Se os ‘feedbacks’ fazem com que cresçamos, por que vocês estão tão melindrosos com os ‘feedbacks’ negativos?”.
Observe que a interrogação pertence ao discurso do diretor, não a mim. Eu, na condição de autora, não perguntei nada. Por isso, ela permaneceu dentro das aspas. Mas, quando o ponto final da frase coincide com o ponto final da expressão entre aspas, estas devem ser colocadas depois do ponto final.
O diretor reiterou que “Os ‘feedbacks’ fazem com que cresçamos.”
Entendido isso, anote os casos em que você deverá utilizar os sinais gráficos em questão. Use aspas, leitor, em estrangeirismos e em atribuições nominais, como em nomes de empresas, institutos, fundações, livros, jornais, revistas, obras de arte, leis etc. Também não se esqueça das aspas nos neologismos. E, caso queira enfatizar uma ironia, elas também cumprem esse papel.
Por fim, caso as aspas não lhe apeteçam, o melhor substitutivo para elas, em textos digitados, é o destaque em itálico. Fica a seu critério.
Até semana que vem.
Cíntia Chagas é uma professora que sempre leva humor e conhecimento ao público. Escritora de dois best-sellers da editora HarperCollins, ela coleciona milhares de alunos nos cursos virtuais que ministra. Palestrante e instagrammer, provou que irreverência, humor e educação podem e devem andar juntos.
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