Inteligência artificial tornou-se na última década a principal pauta de negócios para a IBM. Assumir a posição responsável pela nova tecnologia em um mercado tão estratégico como o Brasil é algo a ser destacado. Quando o executivo responsável entrou na empresa como menor aprendiz, essa movimentação torna-se ainda mais emblemática. A IBM Brasil anuncia, nesta semana, a chegada de Thiago Viola como Diretor de Inteligência Artificial, Dados e Automação. Viola assume o posto de Marcela Vairo, que foi nomeada vice-presidente de Dados & IA Américas.
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De acordo com pesquisa recente do IBM Institute for Business Value, chamada de The CEO’s guide to generative AI, executivos de TI esperam que os orçamentos de IA generativa para 2023 sejam 3,4 vezes maiores do que o previsto há quatro meses. Além disso, 57% deles afirmam esperar que a IA generativa tenha o maior impacto nas vendas, 40% no desenvolvimento de produtos e 37% no atendimento ao cliente.
Viola iniciou na IBM aos 15 anos como jovem aprendiz. Em 20 anos de carreira, esteve à frente de diversos cargos técnicos e de vendas na organização em Digital, Cloud e IA no Brasil e América Latina e, mais recentemente, estava com a liderança de watsonx, a plataforma de IA generativa da IBM, na América Latina. Ele também é professor de MBA na instituição FIAP, lecionando a disciplina Arquitetura de Cloud e instrutor de IA na Future Dojo com foco em Governança.
5 profissões que serão criadas pela Inteligência Artificial:
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Getty Images Engenheiros de machine learning
Algumas profissões surgiram do zero, baseadas em cargos tradicionais em tecnologia que temos hoje. Para que os computadores consigam operar com base em dados e algoritmos, os engenheiros de machine learning (aprendizado de máquina), serão cruciais. Responsáveis pela programação, esses profissionais criam e treinam os modelos computacionais para execução de tarefas específicas.
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picture alliance/Getty Images Designers de prompts para IA
Os designers de prompts para IA são especializados na interação entre humanos e tecnologia. Os prompts são perguntas, instruções e demandas comuns, presentes na comunicação entre o usuário e sistemas como o ChatGPT, por exemplo. O objetivo dessa função é identificar as principais necessidades dos usuários ao interagir com uma inteligência artificial e criar a melhor conversa possível entre máquinas e seres humanos.
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Ser automotivado
Uma das qualidades críticas de um empreendedor de sucesso é ser automotivado. Nesta linha de trabalho, ninguém mais pode responsabilizá-lo por suas tarefas além de você mesmo. Portanto, você deve entender claramente por que deseja se tornar um empreendedor e estar disposto a fazer o trabalho para atingir seus objetivos.
Quem consegue se manter motivado para trabalhar de forma consistente em meio a dúvidas, tentações e críticas alheias, tem mais chances de sucesso nos negócios do que quem só trabalha quando a motivação ou inspiração vem de fontes externas.
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Especialista em ética da IA
Mas as mudanças provocadas pela IA não se restringem ao mercado de trabalho. A discussão sobre regulação, segurança e governança precisa acompanhar o desenvolvimento. Por trás de toda tecnologia, existe uma programação realizada por humanos, com ideais e julgamentos particulares. O profissional de ética em IA será responsável por fazer essa análise, bem como se certificar de que os processos lógicos e programados das máquinas não se sobreponham às questões humanitárias. Advogados vão passar a se especializar em questões jurídicas relacionadas à IA. “Em algum momento, as empresas irão precisar de governança ligada à IA para pensar esses limites”, diz a economista Dora Kaufman, professora da PUC-SP e pesquisadora dos impactos éticos da Inteligência Artificial.
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Curadoria de informações para IA
A curadoria para desenvolvimento da IA também está entre as funções importantes nesse mercado que se abre. É a pessoa que vai pesquisar, analisar e selecionar as informações que a IA terá acesso – inclusive tem implicações sobre discussões sobre ética, inclusão e diversidade nos resultados das buscas. “Esse profissional é responsável pela melhoria contínua das interações dos usuários com as interfaces conversacionais. O trabalho é feito por meio da análise das interações, mapeamento e criação de novos exemplos para o modelo de inteligência artificial, e do acompanhamento dos objetivos de negócio”, diz Bonora.
Engenheiros de machine learning
Algumas profissões surgiram do zero, baseadas em cargos tradicionais em tecnologia que temos hoje. Para que os computadores consigam operar com base em dados e algoritmos, os engenheiros de machine learning (aprendizado de máquina), serão cruciais. Responsáveis pela programação, esses profissionais criam e treinam os modelos computacionais para execução de tarefas específicas.
“Minha trajetória se conecta muito naturalmente com a IBM, essa empresa global que atua em 170 países e que tem uma essência de conectar todas as suas áreas, trabalhando de forma integrada, com eficiência e agora seguindo nossa principal estratégia de atuação focada em IA e cloud híbrida”, diz Viola. De acordo com o executivo, nessas duas décadas de carreira, ele acompanhou, tanto na área técnica como na gestão estratégica com clientes, as grandes transformações digitais de empresas.
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“É fundamental no contexto tecnológico que vivemos ter uma base forte e sustentável de como esses dados podem trabalhar para trazer, de fato, melhores resultados aos negócios das empresas. Não por acaso, nossa plataforma de IA generativa lançada este ano, o watsonx, traz um diferencial competitivo ao mercado por trazer a possibilidade de nossos clientes trabalharem seus dados de forma precisa e confiável, criando muitas vantagens competitivas, além de acelerar a responsabilidade, a transparência e a explicabilidade deles”, afirma Viola.