Estamos presenciando cada vez mais notícias sobre a “guerra da volta aos escritórios” entre colaboradores e empresas. E não há razão alguma para esse impasse, já que o trabalho híbrido oferece o meio-termo perfeito entre aumentar os lucros e o bem-estar dos funcionários.
Oferecer esse modelo de trabalho equilibra o tempo gasto entre o deslocamento para coworkings próximos ao domicílio, a própria casa ou mesmo o escritório central. Essa estratégia atende às necessidades tanto dos funcionários quanto dos empregadores, sem tornar a localização da empresa um ponto de discórdia.
A realidade é que a maior objeção dos funcionários não é realmente ao escritório em si, mas ao deslocamento diário para chegar até ele. Os profissionais não estão mais dispostos a tolerar longos e caros deslocamentos diários quando podem acessar as vantagens de trabalhar em um espaço mais perto de casa. O escritório continua a existir, mas está em uma localização mais conveniente.
A pesquisa Hybrid & Healthy, da IWG, mostrou que reduzir o deslocamento permite que os funcionários façam 38% mais atividade física e preparem refeições mais saudáveis, o que melhora seu bem-estar. Além disso, eles têm mais horas de sono e desfrutam desse benefício para a saúde. Livres do deslocamento diário, os funcionários ganham três dias extras de sono por ano, número que reduz o risco de doenças cardíacas, diabetes e derrames.
Trabalhar mais próximo de casa não apenas promove um estilo de vida mais saudável, mas também tem um impacto positivo na saúde mental e nos níveis de estresse dos funcionários. De acordo com o mesmo estudo, 66% dos entrevistados relataram boa saúde mental como resultado do modelo de trabalho híbrido.
Além dos benefícios para os funcionários, essa modalidade também impulsiona os negócios. Nossa pesquisa mostrou que 79% dos trabalhadores afirmam ser mais produtivos nesse formato, o que pode resultar em um aumento de 3% a 4% na produtividade, algo significativo para qualquer empresa.
No entanto, os benefícios do trabalho híbrido não se limitam à produtividade. Nosso estudo CFO de 2022 revelou maneiras diferentes pelas quais os diretores financeiros estão aproveitando esse modelo em benefício das empresas. A capacidade de reduzir o espaço físico do escritório é uma delas, com 65% dos CFOs entrevistados planejando diminuir os gastos com instalações em mais de 10% ao ano. Essa transição para espaços flexíveis resulta em menor consumo de energia para aquecimento, refrigeração e iluminação, o que reduz a pegada de carbono das empresas. Além disso, os funcionários que trabalham mais perto de casa reduzem substancialmente as emissões relacionadas ao deslocamento.
Todos esses benefícios contribuem para o objetivo final: aumentar os lucros ao mesmo tempo que mantemos os funcionários felizes. Diante disso, realmente são necessários conflitos em relação ao retorno ao escritório? A evidência certamente sugere que não.
Ao adotar o trabalho híbrido, as empresas não apenas aumentam a produtividade e o bem-estar geral dos funcionários, mas também se alinham à busca global pela redução das emissões de carbono e às demandas dos trabalhadores por flexibilidade. Com todas essas vantagens em jogo, não há razão para resistência ou impasse.
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