Déficit fiscal de R$ 250 bilhões tornou-se superávit de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em 2021.
Após a grande recessão de 2015, a taxa de desempregados subiu a 13,5% no final de 2016. Aprovada a reforma trabalhista, ela despencou a 11,5% no início de 2020. Com a pandemia, voltou a 14,9% no início de 2021, e caiu abruptamente a 12,1% no trimestre findo em outubro. E, contrariando a OIT de Genebra, voltaremos aos níveis de desemprego de antes da pandemia, ou seja, 11,5% da população ativa. Apenas em 2021 foram gerados 10 milhões de empregos. Outro tanto será criado neste ano.
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Pela primeira vez, alcançamos a cifra histórica de US$ 500 bilhões na balança do comércio internacional. Somados a estes, recebemos, em investimentos diretos do exterior, mais US$ 58 bilhões, além do saldo da balança comercial de US$ 61 bilhões. Nossas reservas internacionais devem superar US$ 400 bilhões.
Crescemos, na pandemia, mais de 4% no ano passado e faremos cerca de 3% neste novo ano, apesar dos palpites negativos, desmentidos no ano passado pela realidade econômica. No item inflação, com 10%, estamos 35% acima dos índices americanos.
Com cerca de 85% da população vacinada, estamos prontos para enfrentar os rescaldos do coronavírus vencido. Graças aos protocolos eficazes desenvolvidos pela comunidade médico-científica brasileira, usando a nossa vacina: 120 milhões de doses iniciais, desenvolvida na Fiocuz para afugentar os ômicrons e quejandos de nossa vida diária.
Respeito os que não conseguem ver a realidade sem usarem lentes ou azuis ou negras. Mas o equilíbrio na análise de fatos econômicos reais, em especial da mídia e dos empresários e políticos é fundamental, pois as repercussões de seu estado de espírito contaminam o moral do país.
Em 40 anos, passamos de menos de 30% do PIB da América do Sul, e menor que o da Argentina, para 54% hoje, quase o dobro do que apresentam nuestros hermanos.
Faço questão de mostrar nosso país no quadro dos produtores mundiais de alimentos:
E os alimentos serão o que foi o petróleo nos dois séculos anteriores. Serão a bússola do progresso e sobrevivência das nações, ao lado da água. Nossa próxima meta é chegar a 500 milhões de toneladas de grãos e continuar a desenvolver a pecuária em termos sustentáveis e sem subsídios. Ressalto que o agronegócio no Brasil tem duas exponenciais figuras humanas à sua frente. A ministra Tereza Cristina e Teresa Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Poderosas executivas que honram esta edição da Forbes, dedicada às mulheres influentes do país.
Mario Garnero é Chairman do Grupo Garnero e presidente do Fórum das Américas
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Coluna publicada na edição 94, de fevereiro de 2022