Françoise Terzian
Depois de anos de investimento na marca Pantene que, no passado, era considerada pesada demais para as madeixas das brasileiras, a P&G conseguiu conquistar a vice-liderança do mercado nacional de produtos para cabelos. Para tanto, seu ex-presidente Brasil, o egípcio Tarek Farahat, fez grandes aportes na mudança da formulação e também na contratação, durante anos, da modelo Gisele Bundchen como garota-propaganda. Atrás apenas da marca líder de mercado Seda, da Unilever, a P&G quer ganhar mais market share. Pesquisa da Kantar Worldpanel mostra que a brasileira tem uma média de seis a sete produtos para cabelo no banheiro, o que resulta em um gasto anual de R$ 4 bilhões nos cuidados com os fios somente em casa.
Detentora das marcas Pantene e Head & Shoulders, a P&G percebeu, após realizar pesquisas, que havia oportunidade para ganhar espaço na bancada do chuveiro dos consumidores, o que a levou a trazer duas novas marcas americanas ao Brasil: Aussie, criada em 1979 por um cabeleireiro e adquirida pela indústria em 2001, e Herbal Essences, já presente no país no passado. Ambas são conhecidas das brasileiras que viajam ao exterior. Nos últimos tempos, Aussie passou a surgir em bancas de jornal e perfumarias, dada a procura crescente por seus produtos. Até então, a marca chegava ao país de maneira informal, pelas mãos de pequenos importadores.
Agora, no entanto, a P&G começa a distribuir os produtos nas perfumarias, farmácias e supermercados brasileiros. Inicialmente, a fabricante importou 17 produtos (14 de Herbal Essences e 3 de Aussie). Em Aussie, por enquanto, só virá a linha Moist, composta por xampu, condicionador e o tratamento 3 Minute Miracle Moist, todos com a promessa de hidratação profunda dos fios. “O objetivo da vinda das novas marcas é complementar o portfólio atual de produtos”, conta Marjorie Teixeira, gerente de comunicação da P&G. Os preços sugeridos dos produtos irão de R$ 23,90 a R$ 72,90, dependendo do item e do tamanho.