Mais da metade das 27 mortes por selfie ao redor do mundo em 2015 ocorreram na Índia. E essa triste liderança não deve mudar: apenas nas duas primeiras semanas de 2016, já foram registrada três ocorrências do mesmo tipo ao redor do país.
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A lista de mortes por selfie em 2015 incluiu indianos que morreram enquanto se fotografavam em frente a um trem em movimento, que se afogaram após se inclinarem para fora de barcos para fazer uma pose, que despencaram de um penhasco e que caíram dentro da água ao tirar fotos na margem do rio. Um turista japonês também morreu após ficar gravemente ferido por ter caído da escadaria do Taj Mahal enquanto fazia um auto-retrato.
Na Índia, as selfies têm sido incentivadas de muitas formas. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi é conhecido por se fotografar com outros líderes mundiais. O governo também criou uma campanha, batizada “selfie com a filha”. Até mesmo a música popular “Selfie le le re” foi criada para o filme de Bollywood (a indústria de cinema do país) com maior bilheteria do ano passado, “Bajrangi Bhaijaan”.
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O efeito colateral desse estímulo à cultura de se fotografar é o aumento dos acidentes motivados por selfies, o que tem sido motivo de preocupações cada vez maiores com a segurança dos usuários de smartphones, tablets e outros gadgets. No ano passado, o medo de tumulto culminou no banimento das selfies durante o festival hinduísta “Kumbh Mela”. Nesta semana, a polícia de Mumbai criou áreas na cidade onde as selfies são proibidas, após duas pessoas terem se afogado por conta de auto-retratos.