“Muitos problemas de relacionamento surgem por causa das finanças. Isso pode ser evitado com o Meu Patrocínio”, argumenta Jennifer Lobo, 28 anos, CEO e fundadora de um polêmico site de relacionamentos que pretende unir “Sugar Daddies”, homens bem-sucedidos em busca de uma parceira, a “Sugar Babies”, mulheres atraentes que desejam alguém que as apoie financeiramente.
Quando a norte-americana filha de brasileiros veio morar no Brasil, há três anos, percebeu que no país os relacionamentos “Sugar” não eram discutidos. Segundo ela, a motivação para criar o website, no ar desde novembro do ano passado, veio de ouvir experiências negativas que amigas relatavam ter vivido em sites de relacionamento comuns. “Todo mundo sabe que o homem ganha mais do que a mulher. E, às vezes, um casal se conhece, sai, e o homem propõe um restaurante caro para, no final, pedir para rachar a conta.”
O Meu Patrocínio pretende ser uma plataforma na qual as expectativas e ambições são claras desde o início. Para isso, ao se cadastrar, o homem deve informar, além de dados básicos, sua renda mensal, seu patrimônio e quanto poderia gastar com sua pretendente, que, por sua vez, deve informar na criação do perfil qual sua expectativa de estilo de vida, isto é, quanto deseja receber em mesadas, mimos, jantares, viagens etc.
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Jennifer se define como uma Sugar Baby. “Tenho minhas próprias ambições, minhas metas e um namorado generoso e bem-sucedido que cuida muito bem de mim.” O site, segundo ela, já possui mais de 13 mil inscritos no total, na proporção de quatro mulheres para cada homem.
Ela conta que o faturamento do site vem da mensalidade de R$ 169 que os homens precisam pagar para ter uma conta premium e, assim, poder trocar mensagens com as Sugar Babies. A partir de fevereiro, o valor irá aumentar. As mulheres, por sua vez, têm acesso gratuito a todos os recursos da plataforma, que levou cinco meses para ser desenvolvida e foi criada a partir de investimentos próprio e de amigos e familiares.
O Meu Patrocínio diz ter uma política forte contra a prostituição. “A diferença é muito clara. Na prostituição, há uma transação entre sexo e dinheiro. No site, há um relacionamento. Tem química, afinidade… você escolhe. O sexo não é o foco”, explica Jennifer, que afirma que uma equipe de cinco pessoas monitora a existência de atividades ligadas à prostituição e, caso encontre, suspende o usuário.
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A CEO também se defende de possíveis represálias feministas. “O que é feminismo? Igualdade entre homem e mulher. Ninguém está falando que não tem de haver igualdade. Mas todo mundo tem de lembrar que o homem veste uma roupa e está pronto para o ‘date’. A mulher tem de fazer cabelo, a unha, depilação… também tem gastos. Só porque o homem paga a conta do jantar não significa que não tem igualdade.”
Jennifer conta que ao longo do ano pretende também novas outras opções de cadastro, como “Sugar Mommies” e “Sugar Babies” masculinos.