Joseph Safra, um dos principais acionistas do grupo Safra, o ex-diretor do banco João Inácio Puga e outras quatro pessoas foram denunciados pela procuradoria da República do Distrito Federal por corrupção. O suposto esquema aconteceu no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), no âmbito da Operação Zelotes, que já recebeu um total de três denúncias.
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O MPF pediu a condenação dos servidores da Receita, Lutero Fernandes do Nascimento e Eduardo Cerqueira Leite e dos ex-servidores, Jorge Victor Rodrigues e Jeferson Ribeiro Salazar, apontados como intermediários. Os procuradores do Ministério Público esclarecem que Joseph Safra não tratou da propina diretamente com os servidores ou os intermediários, mas foi denunciado porque Puga se reportava a ele. Segundo o MPF, “um mero diretor não poderia, como realmente não o fez, tomar as decisões que envolviam dívidas correspondentes a 41,26% do capital social”.
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Sob análise de conversas telefônicas de meados de 2014, autorizadas pela Justiça, investigadores concluíram que os quatro servidores ligados à Receita pediram propina de R$ 15,3 milhões. O dinheiro era para que estes interferissem em três diferentes processos de interesse da JS Administração de Recursos – sociedade empresarial do grupo Safra. Em valores de dois anos atrás, somadas, as ações chegavam a R$ 1,49 bilhão, envolvendo cobranças de multas da Receita.
O MPF pediu que os envolvidos respondam por corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica.
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