A prisão e, agora, condenação do empresário Marcelo Odebrecht não teve impacto negativo de longo prazo no valor das ações da Braskem, única empresa de capital aberto que integra o grupo Odebrecht.
BRASIL: 31 maiores bilionários brasileiros
Do contrário: desde que o empresário foi preso (em junho de 2015), até esta semana (data de sua condenação), os papéis da maior empresa petroquímica da América Latina acumularam alta de 75% – de R$ 13,84 no dia anterior ao encarceramento de Marcelo Odebrecht, em 19 de junho, para R$ 24,30 ontem (9), dia seguinte ao anúncio de sua pena de 19 anos.
Atualmente, o valor de mercado da Braskem está na casa de R$ 15,62 bilhões, o dobro dos R$ 7,56 bilhões que tinha em julho do ano passado.
RANKING GERAL: 70 maiores bilionários do mundo em 2016
O grupo Odebrecht é acionista majoritário da companhia, com 38,32% da companhia. Outros tem 36,10% da empresa pertence à Petrobras, centro do esquema de corrupção que deflagrou a operação Lava-Jato.
Seguindo analistas de mercado, apesar dos problemas envolvendo dois de seus maiores acionistas, a Braskem mantém bons fundamentos econômicos, com caixa da ordem de R$ 5 bilhões.
E MAIS: Os bilionários por trás das marcas do seu dia a dia
Além de ter ativos importantes no Brasil e nos Estados Unidos, a companhia está concluindo a implantação de uma fábrica de polietileno de US$ 5,2 bilhões no México, que será a maior planta do grupo petroquímico fora do Brasil. Há também um projeto em andamento em Houston, nos Estados Unidos.
VEJA TAMBÉM: O maior bilionário de cada país
O balanço da companhia em 2015, divulgado em fevereiro, veio com lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, 300% acima dos R$ 726 milhões do ano anterior. O resultado positivo foi atribuído à queda da nafta, sua principal matéria-prima, e à alta do dólar.