Na manhã de hoje (1), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sépsis, a 31ª etapa da Lava Jato com buscas na casa de Joesley Batista, bilionário diretor-presidente da J&F, holding da JBS. O alvo é a empresa Eldorado Brasil Celulose, do grupo, que teria sido beneficiada com recursos do FGTS.
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Autorizada pelo ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a operação teria como base a delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, apadrinhado político de Cunha.
Segundo o jornal “El País”, especula-se que a JBS tenha pago propina por meio do doleiro Lucio Bolonha Funaro para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados através da influência de Cleto.
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A empresa da família Batista divulgou um comunicado oficial em que diz que a JBS, “bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal”. A Eldorado também declarou que “sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade”.
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Outro alvo de buscas e apreensão da Sépsis foi a casa do empresário Henrique Constantino, herdeiro da Gol e sócio do grupo Comporte, companhia de transportes rodoviários.
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, o único mandado de prisão expedido foi o de Funaro, ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em São Paulo.
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As ações da JBS, maior processadora de carne do mundo, estão em queda no pregão desta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo. Até às 11h40, havia uma baixa de 4,6%.
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Ao todo, esta etapa da operação cumpriu 19 mandatos de busca e apreensão: 12 em São Paulo, dois em Pernambuco, dois no Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal.