O British Pregnancy Advisory Service (BPAS), entidade britânica que suporta a escolha reprodutiva, defendendo e prestando serviços para prevenir ou acabar com a gravidez indesejada com a contracepção ou aborto, lançou uma linha de ajuda para mulheres que passaram pela experiência de um aborto. O serviço está disponível para mulheres da República da Irlanda, Irlanda do Norte e da Ilha de Man, dependência da Coroa do Reino Unido localizada no mar da Irlanda, que compraram pílulas abortivas online.
O aborto é ilegal na Irlanda do Norte – parte do Reino Unido – e na República da Irlanda.
Na Ilha de Man, abortos podem apenas ser feitos em casos de estupro ou quando oferecem risco à saúde mental da mãe.
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Milhares de mulheres viajam à Inglaterra todo ano em busca de acesso a um aborto seguro e legal, e várias que não podem viajar compram pílulas online, o que, no Reino Unido, é crime e, na República da Irlanda, rende prisão perpétua.
A linha confidencial, cujo staff é composto de enfermeiras, proverá conselhos para mulheres que obtiverem os remédios por meio de organizações sem fins lucrativos, como o Women Help Women e Women On Web (que, diferente da “BPAS”, entrega pílulas no Brasil).
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As pílulas abortivas compradas ilegalmente pela internet são as mesmas receitadas por médicos – Mifepristona e Misoprostol – e que estão na lista de remédios essenciais da OMS.
“O que essas mulheres realmente precisam é de um serviço de aborto acessível e em casa. Elas não deveriam ter que escolher entre viajar à Inglaterra e quebrar a lei de seu país para fazê-lo”, diz Ann Furedi, CEO do British Pregnancy Advisory Service, em entrevista ao site “Mashable”.
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“As mulheres conseguirão conforto e informações sobre o sangramento que sucede o procedimento, o que fazer quando parece que nada aconteceu e quando procurar ajuda urgentemente. Nos casos raros em que acreditamos que ajuda emergencial é necessária, chamamos uma ambulância.”
A linha estará disponível para as usuárias 24 horas por dia, todos os dias do ano.