O norte-americano Jim Collins é o mais influente e respeitado pensador de gestão empresarial da atualidade. Seu currículo é farto em superlativos – a começar pela marca de 10 milhões de livros vendidos, entre vários títulos de best-seller. Mas, para os brasileiros, Collins exibe uma credencial particularmente representativa: ele foi – e continua sendo – um dos principais conselheiros do bilionário Jorge Paulo Lemann e seus sócios.
Nesta semana, Collins falou na HSM Expo 2016, maior evento de gestão da América Latina, realizado em São Paulo. Em sua videoconferência, contou alguns bastidores de sua relação com Lemann, a que conhece há 30 anos e com quem se encontra periodicamente em Boulder, no Colorado (EUA), para discutir, ao lado de Marcel Telles e Beto Sicupira, os destinos dos negócios do trio.
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Segundo o guru, os sócios da Inbev são a prova de que o que faz as empresas durarem não é sua atividade, mas a cultura da companhia. “De bancos a cerveja, o que eles têm em comum?”, provocou.
Sem ignorar o momento de crise no Brasil, Collins listou algumas dicas de comportamento de líderes que queiram fazer suas empresas sobreviverem no cenário de dificuldades:
Criatividade empírica: Criar alternativas “com base em evidências, não na loucura ou no sonho”.
Disciplina fanática: “Embora tudo esteja em mudança, é preciso manter a disciplina firme. E seguir a intensidade e ritmo determinados pela própria empresa, não pelas condições externas”
Produtividade paranoica: “Antecipar o problema não é perguntar se o problema vai acontecer, e sim estar pronto para quando acontecer”.
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O pensador mandou um recado aos brasileiros: encarar a crise e usá-la como aprendizado e uma oportunidade de mudar os rumos do país. “É preciso confrontar os fatos como são. O otimista fala sempre que o futuro vai ser melhor. O outro enfrenta os fatos, na brutalidade. As empresas do futuro enfrentam a brutalidade friamente. E assim, no final, podemos dizer que este é um momento definitivo, de mudança”, ensina.