O México afirmou ontem (9) que trabalharia com Donald Trump para o benefício das duas nações, depois da surpresa da vitória do republicano na eleição dos Estados Unidos. Entretanto, reiterou que não vai pagar pelo muro na fronteira entre os países, sugerido pelo presidente eleito durante a campanha eleitoral, e que despertou um profundo ressentimento na população mexicana.
Enquanto Trump avançava em direção à vitória, o peso despencou 13%, sendo essa a maior queda desde a Crise da Tequila há 22 anos, antes de reduzirem as perdas para o comércio caíram 8,7% a 19,91 por dólar. Ainda assim, os oficiais foram impedidos de fornecer suporte ao peso, mesmo com a enorme queda.
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As ameaças de Trump de dispensar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) com o México e com o Canadá e de enviar o dinheiro dos impostos dos imigrantes para construir o polêmico muro na fronteira entre os dois países tornaram o peso particularmente vulnerável aos eventos da corrida presidencial dos Estados Unidos.
Entretanto, o presidente mexicano Enrique Pena Nieto afirmou que parabenizou Trump e que concordou encontrar o nova-iorquino durante a fase de transição para discutir uma cooperação conjunta, na tentativa de fortalecer a competitividade na América do Norte.
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Recebendo bem o discurso da vitória de Trump, que prometeu buscar um “terreno comum” e parcerias com outros países, Pena Nieto afirmou que o México compartilha da mesma visão. “O diálogo para firmar acordos é a melhor rota para o México, e meu governo vai procurar oportunidades que beneficiem ambas as nações nessa nova fase de relações bilaterais”, disse.
Mesmo assim, a Secretária de Relações Exteriores, Claudia Ruiz Massieu, reiterou que o México não pagará pelo muro na fronteira proposto por Trump. A promessa de que o México pague pela barreira era a chave do discurso do republicano Donald Trump durante a corrida presidencial.