A chegada ao poder do prefeito eleito de São Paulo, João Doria, representa a esperança de um Brasil novo, da política de boa gestão, preparo técnico e que pensa no coletivo. “O ano passou tão rápido que já estamos no Réveillon…” Basta chegar dezembro para ouvirmos esse comentário em todas as rodas de bate-papo.
Até que 2016 passou, mesmo, bem rápido. Mas tantas foram as notícias negativas na política e na economia nacional que tinha muita gente torcendo que ele tivesse, literalmente, voado.
Pois bem, cá estamos nos últimos dias de um ano em que vimos o Brasil inteiro ir para as ruas se manifestar, pedindo o fim da corrupção endêmica e generalizada, manifestações essas que pressionaram e impulsionaram o Congresso Nacional a decretar o impedimento da presidente da República – o segundo caso em menos de 30 anos. E também vimos políticos, antes intocáveis, dando os primeiros sinais de que a justiça começou, finalmente, a valer para todos. Vimos ainda a população da maior cidade do país eleger em primeiro turno, num fato inédito, um prefeito sem passagem anterior por nenhum cargo do Executivo ou Legislativo e que cresceu, meteoricamente, na preferência dos eleitores com um discurso de que não era um político, mas sim um gestor e que iria tratar a cidade de São Paulo com a seriedade e austeridade com que um empresário cuida de sua empresa.
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A vitória do João Doria – nosso merecido personagem de capa, um querido amigo e fiel colaborador de FORBES Brasil desde a edição número 1 –, além de nos alegrar muito, nos dá a esperança de que dias melhores estão por vir.
Ao mesmo tempo em que torcemos para que a gestão Doria seja um absoluto sucesso – porque é disso que a cidade precisa –, ela pode ser um enorme e definitivo marco de mudança de como escolhemos nossos políticos no Brasil.
Os antigos, arcaicos e nocivos métodos da antiga política, do voto de cabresto, do populismo inconsequente, do Estado inchado, serão deixados para trás e com eles uma enorme parcela de políticos sem nenhum preparo técnico e ético, que serão trocados por gestores preparados, bem intencionados e com visão de coletividade. É disso que São Paulo e todo o Brasil precisam.
Como amigo, cidadão e morador de São Paulo, eu desejo que o prefeito consiga implementar seus principais projetos de campanha e que possamos todos, independentemente das inclinações ideológicas, nos orgulhar, novamente, dos nossos gestores públicos. Meus votos de boas festas a todos e que a virada do calendário seja mais do que apenas a chegada de um Feliz Ano Novo, e sim a de um Feliz Brasil Novo.
*Antonio Camarotti é Publisher/CEO de FORBES Brasil