Não é de hoje que as marcas de luxo começaram a migrar a experiência presencial para o virtual, mas, recentemente, algumas grifes tradicionais – como a quase tricentenária Vacheron Constantin – estão se mostrando mais abertas a essa nova forma de comunicação.
No início de fevereiro, a Fendi lançou a plataforma e aplicativo F is for…, onde não há produtos à venda, mas sim um conteúdo de alta relevância para a geração millenials. A empreitada é resultado de dois anos de pesquisas da diretora de comunicação global, Cristina Monfardini, em parceria com quatro estagiários. Com isso, a marca espera “falar”com essa geração e abrir o mercado para novos clientes.
Já a Vacheron Constantin promoveu, recentemente, uma ação de vendas online em parceria com o e-commerce Hodinkee. Apenas 36 unidades de uma edição especial do relógio Cornes de Vache 1955 foram vendidas na plataforma, e no momento, já estão esgotadas. Segundo Vincent Brun, presidente da companhia nos EUA, o passo digital foi feito para aumentar a exposição da marca no mundo e atrair novo público.
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Já a Tag Heuer, relojoeira do grupo LVMH, acabou de dar um passo para aumentar sua presença no mercado chinês de e-commerces ao juntar-se à plataforma Tmall.com (do grupo Alibaba). Para se apresentar aos consumidores, a marca suíça irá disponibilizar modelos mais urbanos, como o Heuer 01 Cronography e o Carrera Lady.
Em 2015, a Burberry também atentou para a importância do engajamento online e tornou-se a primeira marca a criar um canal em parceria com o Apple Music, que continua em funcionamento. Nele, são disponibilizados vídeos exclusivos, playlists e até a seleção de músicas tocadas nos desfiles da grife.
Apesar das ações serem diferentes, as marcas compartilham de objetivos comuns: engajar clientes, conquistar público novo, ampliar seu alcance e chamar a atenção dos jovens.