A bolsa usada pelo astronauta norte-americano Neil Armstrong para trazer à Terra as primeiras amostras do solo da Lua deve ser vendida por até US$ 4 milhões, quando for leiloada junto com outras relíquias espaciais na cidade de Nova York na próxima semana.
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A venda na casa de leilões internacional Sotheby’s inclui o plano de voo da Apollo 13 com anotações da equipe, um traje espacial utilizado pelo astronauta norte-americano Gus Grissom, e fotografias da Lua tiradas pela NASA.
O leilão será realizado em 20 de julho, 48º aniversário do primeiro pouso na LuaO leilão será realizado em 20 de julho, 48º aniversário do primeiro pouso na Lua, e os organizadores esperam atrair um grande número de pessoas.
“[O espaço] é um dos poucos temas que eu acho que não são culturalmente específicos. Não importa sua religião, de onde você é, que língua você fala”, disse a vice-presidente e especialista sênior da Sotheby’s, Cassandra Hatton. “Todos temos em comum a experiência de olhar para o céu e nos perguntarmos o que está acontecendo entre as estrelas.”
O destino da bolsa, que mede cerca de 30 por 20 centímetros e tem a inscrição “retorno de amostra lunar”, ficou por décadas desconhecido depois que Armstrong e sua equipe da Apollo 11 chegaram em casa, em julho de 1969. Durante anos, ficou em uma caixa não identificada no Johnson Space Center em Houston. Ela finalmente apareceu na garagem do gerente de um museu do Kansas, Max Ary, que foi condenado por seu roubo em 2014, de acordo com registros do tribunal.
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A bolsa foi apreendida pelo US Marshals Service, que o colocou em leilão três vezes, sem lances, até que foi comprada em 2015 por US$ 995 por uma advogada da área de Chicago, Nancy Lee Carlson. Ela enviou a bolsa para autenticação da NASA, e quando os testes revelaram que tinha sido usado por Armstrong e ainda tinha vestígios de poeira lunar, a agência espacial dos EUA decidiu mantê-la.
Lee Carlson processou com sucesso a agência espacial para recuperar a bolsa, e a atenção criada pelo processo judicial gerou muito interesse de potenciais compradores, de acordo com a Sotheby’s. Isso levou a proprietária a decidir leiloá-la novamente.