Um executivo de alto escalão do Facebook se encontrou com o ministro do Interior do Paquistão nesta sexta-feira (7) para discutir a demanda para que a companhia previna ou bloqueie conteúdo com blasfêmias.
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A reunião acontece depois que um tribunal antiterrorismo paquistanês sentenciou um homem de 30 anos à morte por fazer comentários considerados como blasfêmias no Facebook.
O vice-presidente de políticas públicas do Facebook, Joel Kaplan, se encontrou com o ministro do Interior, Nisar Ali Khan, que se ofereceu para aprovar um escritório do Facebook no Paquistão, onde a rede social tem 33 milhões de usuários.
Khan disse que o Paquistão acredita na liberdade de expressão, mas isso não inclui insultos ao Islã ou alimentar tensões religiosas. “Nós não podemos permitir que qualquer um faça uso equivocado das redes sociais para ferir os sentimentos religiosos”, disse Khan.
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A rede social de Mark Zuckerberg encontrou-se com autoridades do Paquistão para expressar o profundo compromisso da empresa em proteger os direitos das pessoas que usam seu serviço e para permitir que elas se expressem de forma livre e segura”, disse a empresa em um email. “Foi uma reunião importante e construtiva, na qual expressamos nossas preocupações sobre os recentes casos judiciais e deixamos claro que aplicamos um processo legal rígido aos pedidos de qualquer governo sobre dados ou restrições de conteúdo.”
A repressão das redes sociais no Paquistão é oficialmente destinada a eliminar a blasfêmia e fechar contas que promovam o terrorismo, mas ativistas dos direitos civis dizem que também atinge escritores e blogueiros que criticam o governo ou o Exército.