Pesquisadores da Embrapa, em parceria com o instituto sueco KTH, desenvolveram o BRLUC, primeira ferramenta capaz de estimar, de forma consistente, os impactos da mudança no uso da terra para o território brasileiro. O “uso da terra” consiste justamente na forma como o solo está sendo utilizado, e monitorar as alterações que ocorrem ao longo do tempo é importante para prever e lidar com consequências como mudanças no clima e perda de biodiversidade.
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De acordo com a Embrapa, as mudanças no uso da terra “costumam representar considerável parcela da emissões de gases de efeito estufa em países em desenvolvimento”, visto que, no caso brasileiro, os 64 cultivos catalogados pelo IBGE têm taxas de emissão de gás carbônico (CO2) diferentes.
Neste sentido, o BRLUC deve se tornar uma ferramenta importante para estudos de impactos ambientais. O método, que foi divulgado na publicação científica “Global Change Biology”, já vem sendo utilizado por diversas instituições que desenvolvem este tipo de estudo.
Até então, existiam outras metodologias para estimar esses dados, mas usando premissas globais, sem levar em conta, por exemplo, a existência de mais de uma safra por ano e a heterogeneidade do território brasileiro. Assim, os resultados nem sempre correspondiam à realidade.