Embora não seja, o cérebro deve ser analisado como um músculo. Portanto, para ganhar resistência, força e elasticidade, deve ser estimulado. E nada melhor para exercitar o cérebro do que o aprendizado.
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Muitos acreditam que já “sabem tudo”. Está aí o primeiro erro dos que se consideram sábios. Afinal, nada mais perspicaz do que ter a plena noção de que jamais saberemos tudo. Logo, até o último suspiro nesta vida, podemos (e devemos) usar ao máximo a nossa massa cinzenta.
Aprender com os próprios erros é aconselhável para não repetir os mesmos tombos, mas tirar lições dos erros alheios é ainda mais brilhante. Ser um observador, saber ouvir, desde o sócio até o funcionário mais recente, e fazer do cérebro uma esponja de absorção sem limites são dicas imprescindíveis para se alcançar o sucesso.
Muitos acreditam que receber críticas é sinal de fracasso. Muito pelo contrário. Bill Gates, um dos homens mais inovadores e bem-sucedidos do século 20, já disse: “Seus clientes mais insatisfeitos são sua melhor fonte de aprendizado”. Não poderia estar mais certo.
Afinal, ambos os lados saem ganhando: o cliente, que impulsionará a empresa a ter um serviço de melhor qualidade, e o empreendedor, que levará a equipe a corrigir as falhas para que aquele mesmo cliente (e tantos outros) fiquem cada vez mais satisfeitos após usufruir do que sua empresa oferece.
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Como consumidores, sabemos disso: você tem um serviço prestado de forma insatisfatória e, em vez de ir direto à fonte para apontar os erros, resmunga para si mesmo, para os amigos e/ou simplesmente decide não usufruir nada mais daquela empresa. Não é a atitude correta mas, sim, a mais comum.
Recentemente, estive em Nova York e, entre as viagens que faço, e continuarei fazendo, sinto-me cada vez mais pleno ao buscar inspirações, seja perto ou longe, para oferecer cada vez mais um serviço de qualidade aos meus clientes. A vida é um eterno aprendizado. E isso é maravilhoso.
Juscelino Pereira, 47 anos, é formado sommelier pela ABS, presidente da Confraria dos Restaurateurs de São Paulo e diretor da Associação de Restaurantes de São Paulo (ANR). Sua opinião é pessoal e não reflete a visão editorial de FORBES Brasil.